Além de acompanhar a votação do pacote de corte de gastos do governo em Brasília, investidores devem prestar atenção ao anúncio da Weg sobre investimentos em uma nova fábrica de redutores na Turquia. Outro destaque do mercado financeiro hoje fica com a Iguatemi, que assinou um memorando para a compra de ativos imobiliários dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista.
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No setor de óleo e gás, a Brava assinou um memorando com a Petrorecôncavo para a venda de ativos, enquanto a Vibra reelegeu seu presidente e anunciou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) e a emissão de Título de dívidas emitido (debêntures).
- Mercado financeiro hoje: BC insiste em leilão contra alta recorde do dólar em mais um dia tenso para Bolsa, juros e câmbio
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, a desidratação do pacote de controle de gastos no Congresso deve manter o mercado na defensiva. “Apesar da forte correção dos ativos domésticos ontem, não parece haver gatilhos significativos para uma recuperação de curto prazo”, avaliou.
Na agenda econômica, destaque para a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), seguido de coletiva com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo. O Banco Central (BC) também realizará um leilão de dólares à vista, com oferta de US$ 3 bilhões. No exterior, o mercado acompanha a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) e dos bancos centrais do México e da China. Nos Estados Unidos, será divulgada a última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.
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Entre as commodities, o minério de ferro registrou queda de 1,08% na Bolsa de Dalian, cotado a 778,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 106,83, para o contrato de maio de 2025. Já o petróleo opera com leve alta: o Brent avança 0,08%, cotado a US$ 73,48 por barril, enquanto o WTI se mantém estável, com variação de -0,02%, a US$ 70,56.
Confira os destaques de empresas do mercado hoje que você precisa saber
Weg (WEGE3)
A Weg investirá aproximadamente 28 milhões de euros em nova fábrica de redutores na região de Esmirna, na Turquia. O investimento tem conclusão prevista para 2027, ampliando a fabricação de redutores fora do Brasil.
Iguatemi (IGTI11)
A Iguatemi assinou um memorando de entendimentos vinculante para a aquisição de fatia dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista pelo valor de R$ 2.585.119.000,00, pago 70% à vista e o restante em duas parcelas anuais iguais corrigidas pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Vibra Energia (VBBR3)
O Conselho de Administração da Vibra Energia aprovou a reeleição de Ernesto Peres Pousada Junior para presidente, com prazo de gestão de dois anos. A Vibra também anunciou o pagamento da terceira parcela de juros sobre capital próprio (JCP), no montante bruto de R$ 292 milhões, a R$ 0,26 por ação. A partir do dia 26, as ações passam a ser negociadas “ex-JCP”. A empresa informou que também fará a nona emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (que não disfruta de privilégios), no valor de R$ 1 bilhão.
Brava Energia (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3)
A Brava Energia assinou um acordo nesta quarta-feira (18) junto à PetroReconcavo, com o objetivo de definir a parceria envolvendo a venda de 50% da infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural na Bacia Potiguar, Estado do Rio Grande do Norte. O valor previsto para a transação é de US$ 65 milhões.
MRV (MRVE3)
A MRV informou que sua subsidiária Resia iniciou o plano de desinvestimento e desalavancagem com a venda do terreno Marvida, com Valor Geral de Vendas (VGV) de US$ 7,5 milhões.
Carrefour (CRFB3)
O Carrefour pagará R$ 200 milhões como juros sobre capital próprio (JCP), a R$ 0,09 por ação. A partir de 24 de dezembro, as ações serão negociadas “ex-JCP”. A varejista também informou que concluiu a venda de 15 imóveis próprios para o Guardian Real Estate, no valor de R$ 725 milhões.
CCR (CCRO3)
A CCR aprovou o terceiro programa de recompra de ações de até 3,5 milhões papéis da empresa, correspondentes a até 0,1733% do total de ações de sua emissão. O prazo máximo para a aquisição das ações é de 18 meses. A companhia informou, ainda, que a sua controlada direta, CCR MSVia, e a União celebraram o Termo de Autocomposição decorrente da solução consensual para a resolução das controvérsias relativas ao Contrato de Concessão da BR-163/MS.
Santos Brasil (STBP3)
A Santos Brasil Participações informou que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou a transferência do controle societário dos contratos de arrendamento sob titularidade da companhia para o Grupo CMA CGM. A conclusão, contudo, está condicionada à aprovação da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
CPFL Energia (CPFE3)
A CPFL Energia estimou que os investimentos executados até 2029 devem somar R$ 29,8 bilhões. O maior desembolso irá para o segmento de Distribuição, R$ 24,734 bilhões. O segundo maior investimento será em Transmissão (R$ 3,673 bilhões).
Neoenergia (NEOE3)
A Neoenergia Coelba distribuirá R$ 94,768 milhões em JCP, a R$ 0,35 por ação ordinária, R$ 0,35 por ação preferencial classe A e R$ 0,38 por ação preferencial classe B.
Tenda (TEND3)
A Tenda informou que as ações detidas pelo conjunto de empresas ou veículos controlados pelo Itaú atingiram 9.632.400, correspondentes a 7,82% do total de ações ordinárias.
Automob (AMOB3)
A Automob, que estreou essa semana na B3, informou que a Fourth Sail Capital US LP atingiu 86.956.166 ações ordinárias da empresa, passando a deter 6,99% do total dessa classe de ativos de emissão da companhia.
Americanas (AMER3)
A Americanas, em recuperação judicial, encerrou a semana de 9 a 15 de dezembro com um número total de 34.982 colaboradores sob o regime CLT e 798 admissões.
Aéreas
A Moody’s reiterou os ratings da Azul em “Caa2” e manteve inalterada a perspectiva negativa, após o anúncio de uma oferta de troca para suas notas de 2028, 2029 e 2030.
Já a Gol informou que um eventual acordo para o Tesouro bancar 30% do esforço de redução do endividamento da companhia “não é nem deve ser interpretada” como uma solução definitiva para a crise financeira da companhia. Segundo a aérea, os impactos efetivos no endividamento decorrentes da eventual celebração do acordo, são, neste momento, “incertos” e serão devidamente refletidos nas demonstrações financeiras da companhia caso o acordo seja de fato celebrado. O posicionamento da Gol decorre de notícias que circularam na semana passada na grande imprensa.
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