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Mercado financeiro hoje: BC faz maior intervenção no câmbio da história em mais um dia decisivo para dólar e juros; derrota de Trump na Câmara ameaça bolsas do mundo

Bolsas internacionais, commodities, Ibovespa e tudo que você precisa saber em 5 destaques nesta sexta-feira

Mercado financeiro hoje: BC faz maior intervenção no câmbio da história em mais um dia decisivo para dólar e juros; derrota de Trump na Câmara ameaça bolsas do mundo
Donald Trump escolheu Scott Bessent como o novo secretário do Tesouro dos EUA. (Foto: Agência Brasil/Isac Nóbrega)

A agenda econômica desta sexta-feira (20) acompanha a votação do Senado do Projeto de Lei (PL) ordinária relativo ao pacote fiscal, última pendência do plano anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O Banco Central (BC) faz mais leilões de dólares à vista – e promete a maior intervenção no câmbio da história. A inflação ao consumidor dos Estados Unidos medida pelo PCE é o destaque do mercado financeiro hoje no exterior.

Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reunião com seu gabinete de ministros. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de Live da instituição sobre seu mandato.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), promove café da manhã com jornalistas setoristas, assim como o ministro Haddad. O Tesouro faz leilão de compra e venda de títulos públicos, em condições a serem divulgadas.

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Nos Estados Unidos, foco no PCE e no índice de sentimento do consumidor pela Universidade de Michigan. Na Europa, é esperado o índice de confiança do consumidor da zona do euro.

Confira os 5 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje

Derrota de Trump

Um dia antes de uma possível paralisação do governo americano, a Câmara rejeitou veementemente na quinta-feira (19) o novo plano do presidente eleito Donald Trump para financiar as operações e suspender o teto da dívida, enquanto democratas e dezenas de republicanos se recusaram a atender às suas demandas repentinas.

Em uma votação noturna acordada às pressas e pontuada por explosões de raiva sobre a crise, os parlamentares não conseguiram atingir o limite de dois terços necessário para a aprovação – mas o presidente da Câmara, Mike Johnson, parecia determinado a reavaliar, antes do prazo final da meia-noite de sexta-feira (20).

Bolsas internacionais

O exterior mostra aversão ao risco nesta manhã com a decisão da Câmara dos EUA. Investidores também temem uma postura mais dura pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) com os juros no ano que vem.

O índice VIX, espécie de “termômetro do medo” em Wall Street, avançava 7%, e os futuros de Nova York estavam todos no vermelho. Para o Goldman Sachs, o risco de uma paralisação aumentou, mas considera improvável que o impasse persista por um período prolongado.

Na Europa, as bolsas têm queda de mais 1% após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor tarifas à União Europeia, o que ampliou a cautela global em meio aos medo de shutdown (interrupção) do governo americano.

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Também no velho continente, foi divulgado que as vendas no varejo do Reino Unido subiram menos que o esperado em novembro, enquanto a inflação ao produtor (PPI) anual da Alemanha retornou ao terreno positivo pela primeira vez desde junho de 2023.

Leilões de dólares

Os leilões de dólares à vista e com compromisso de recompra anunciados para esta sexta-feira (20) indicam que a Banco Central (BC) pode fazer a maior intervenção no câmbio da história do regime de câmbio flutuante neste mês de dezembro, considerando apenas esses dois instrumentos. Leia mais nesta matéria.

Somando os lotes máximos dos certames programados para esta sexta, de US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, com os nove leilões já realizados desde o dia 12, o BC pode injetar até US$ 27,760 bilhões no mercado este mês. O recorde até agora, de US$ 23,354 bilhões, foi alcançado em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.

As intervenções do Banco Central ajudam a conter a disparada do dólar no mercado de câmbio doméstico. Na véspera, a moeda americana desacelerou do pico de R$ 6,30 para R$ 6,12 após dois leilões de dólar do BC. O Tesouro também volta a atuar com leilões extraordinários de compra e venda de títulos.

Commodities

O minério de ferro recuou 0,77% em Dalian, na China, cotado a 769 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 105,38. Já o petróleo opera em baixa com o WTI recuando 2,79% e o Brent cedendo 1,10%.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,68% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h40 (de Brasília). Enquanto isso, os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 0,08%.

Pacote fiscal e mercado brasileiro

O investidor reage hoje à aprovação do pacote fiscal do governo de R$ 70 bilhões no Congresso, porém mais desidratado, em meio à aversão ao risco no exterior e o dia pode ser de mais cautela.

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A Câmara aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) do plano fiscal, que traz novos gatilhos do arcabouço fiscal e trata sobre regras para contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o abono salarial e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o projeto de lei (PL) que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5% ao ano, e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Já o Senado vota nesta sexta-feira, a partir das 10 horas, o Projeto de Lei (PL) ordinária relativo ao pacote fiscal, última pendência do plano fiscal, que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5% ao ano e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada.

Ainda no mercado financeiro hoje, o EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) do Brasil em Nova York caía 0,83% por volta das 7h30. Já às 8h45, mostrava estabilidade.

* Com informações do Broadcast

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