O Ibovespa futuro abriu esta segunda-feira (23) em queda de 0,27%, aos 123.560 pontos. As atenções do mercado estão voltadas para as novas previsões para a economia do boletim Focus e para a gestão de Gabriel Galípolo no Banco Central (BC) – veja aqui a agenda completa da semana.
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Os mercados internacionais amanheceram com pouco fôlego. As bolsas da Europa operam de forma mista, com ganhos limitados nos futuros de Nova York e foco em dados econômicos, em uma semana de liquidez reduzida devido ao feriado de Natal.
As commodities, por sua vez, operam em direções contrárias nesta manhã. O minério de ferro fechou em alta de 0,84% nos mercados de Dalian, na China, enquanto o petróleo cede em torno de 0,40% sob o peso da escalada do dólar no exterior, que abriu em alta de 0,77%, a R$ 6,1191.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,34% no pré-mercado de Nova York, por volta das 9h05 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,38% no mesmo horário.
O principal índice da B3 futuro deve apoiar ganhos nos sinais positivos de NY e no minério de ferro, tentando buscar fechamento positivo, acima do patamar de 122 mil pontos, como na última sexta-feira (20) – relembre aqui.
O que fica no radar do Ibovespa futuro
Boletim Focus
O boletim Focus do Banco Central atualizou as previsões para os principais indicadores da economia, nesta segunda-feira (23), como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Selic.
A mediana do IPCA para 2024 passou de 4,89% para 4,91%, mantendo-se acima do teto da meta. Para 2025, a mediana foi de 4,60% para 4,84%.
Para horizontes mais longos, as estimativas do documento do BC para o IPCA se mantiveram em 4,00%, em 2026, e passaram de 3,66% para 3,80% em 2027.
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Enquanto isso, para a Selic de 2025, a mediana do boletim Focus passou de 14% para 14,75%. No fim de 2026, foi de 11,25% para 11,75%. Em 2027, a taxa básica deve ficar em 10%.
Gabriel Galípolo à frente do BC
Após o afago do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, dizendo que ele será o chefe da autarquia com “mais autonomia” que a instituição já teve, o mercado acompanha o primeiro dia dele como presidente interino no BC.
O presidente Lula sinalizou, em almoço com ministros, o desejo de pacificar a relação com o mercado financeiro, reconhecendo as razões para os juros altos, apesar de criticá-los. No evento, participou Gabriel Galípolo, com quem Lula tem boa relação e reafirmou confiança, descartando interferências no BC. A postura contrasta com o tom crítico usado contra Roberto Campos Neto, atual presidente da autoridade monetária.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações do Broadcast
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