

O bitcoin (BTC) em dólar busca fôlego para retomar ao patamar dos US$ 100 mil na manhã desta segunda-feira (23) após sofrer uma correção na última semana. Por volta das 8h30 (horário de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado avançava 0,97%, sendo negociado a US$ 96 mil. A leve valorização ainda reflete a cautela dos investidores com o atual cenário macroeconômico.
Isso acontece porque, no último dia 18, os membros do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) reduziram em 0,25 pontos-base a taxa básica de juros dos Estados Unidos. O ajuste veio em linha com as expectativas do mercado, mas o que os investidores não esperavam era a projeção pessimista de alguns membros do Fed que informaram enxergar apenas dois cortes de juros da mesma magnitude no próximo ano.
“Estamos falando de um corte de 0,5% nos juros dos Estados Unidos ao longo de todo 2025. Ou seja, os juros não vão “afrouxar” tão rapidamente como o mercado talvez gostaria”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit. A surpresa com a avaliação do Fed sobre os próximos passos da política monetária estimulou a saída de US$ 680 milhões dos ETFs de bitcoin à vista no dia 18 de dezembro – a mesma data da última reunião do BC americano. O volume representa o maior saque diário dos fundos de índice desde a sua estreia na bolsa de valores dos EUA.
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No entanto, esse contexto não foi o único fator que pesou sobre a performance do BTC nos últimos dias. Fernandes acredita que parte desse fluxo negativo reflete o movimento de realização de lucros dos investidores. “Foram três meses consecutivos que trouxeram uma alta de 63% para o ativo. E isso sem contar o pico, que aí apresentaria um ganho acumulado de 83%”, acrescenta o analista. No acumulado do ano, o bitcoin em dólar apresenta uma valorização de 116,9%.