Citi corta previsão para Vale (VALE3) em 9%, mas insiste em compra; entenda os motivos

Por Caroline Aragaki

15/01/2025 | 11:43 Atualização: 15/01/2025 | 12:07

O Citi revisou a estimativa para o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Vale (VALE3) para o quarto trimestre de 2024 em -9%, de US$ 4,1 bilhões para US$ 3,8 bilhões, devido a atrasos nos embarques relacionados à temporada de chuvas no Sistema Norte.

“A produção de minério de ferro permanece inalterada em 85 milhões de toneladas (mt, meio do guidance), mas os envios foram reduzidos para 82mt (-9% ante o quarto trimestre de 2023). Isso resulta em uma previsão de Ebitda ajustado menor”, afirmam Alexander Hacking e Stefan Weskott, em relatório enviado a clientes.

Consequentemente, o Citi também revisou a expectativa para o Ebitda estimado para 2024 para US$ 15,00 bilhões, ante US$ 15,3 bilhões. Já as estimativas para 2025 permaneceram inalteradas, com Ebitda de US$ 13,8 bilhões.

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Hacking e Weskott veem um suporte para as ações da Vale respaldado pelo dividendo mínimo, em 9%, à medida que o fluxo de caixa livre para a empresa (FCF) é pressionado pelos pagamentos da Samarco.

Impactos da China e de Trump nas perspectivas da Vale

Em relação à China, economistas do Citi esperam que a perspectiva econômica dependa de dois fatores-chave: tarifas externas, considerando novo governo de Donald Trump, e estímulo doméstico.

“As tarifas dos EUA poderiam ser o maior fator de oscilação para o crescimento da China, com riscos significativos de ambos os lados. As questões-chave são então se o suporte doméstico será suficiente para compensar os ventos contrários externos e se isso pode ou não reanimar a economia chinesa”, avaliam os profissionais.

Recomendação de compra: por que o Citi ainda aposta na Vale?

O Citi reitera recomendação de compra para Vale. O preço-alvo de US$ 12,00 para as ADRs (recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) em Nova York representa um potencial de valorização de 39,2% ante o fechamento de terça-feira (14).

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