O Santander rebaixou a recomendação da XP de outperform (acima da média do mercado, equivalente a compra) para neutro, mencionando que a corretora “perdeu a base da sua narrativa (de ser um nome para o momento em que o Brasil voltasse a ter taxas de juros de um dígito)”. Isso porque o banco não tem mais visibilidade de quando e se o Brasil voltará a ser um país com taxa Selic de um dígito.
“Sem isso, o que resta é uma empresa que pode ser considerada barata em valuation (negociando abaixo dos níveis históricos), mas que também pode ser uma armadilha de valor, pois perdeu seu status de alto crescimento (o crescimento do lucro por ação, EPS, esperado para 2025 é de 5%), enquanto a concorrência continua avançando pelo seu território”, afirmam os analistas Henrique Navarro, Andres Soto, Anahy Rios, e Danele Miranda.
O preço-alvo para XP foi reduzido de US$ 33 para US$ 13, o que representa um potencial de valorização de 13,9% sobre o fechamento de terça-feira, 14.
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Os profissionais dizem que o melhor momento para investir na XP poderia ser esperar até a época da próxima eleição presidencial (final de 2026), mas ponderam que, “se esse for o caso, então a B3 é um nome de beta mais alto”.
BTG como top pick e B3 com recomendação outperform
O Santander reitera o BTG Pactual como top pick no setor de mercado de capitais, com recomendação outperform. Isso porque que o banco provou que “pode resistir a todas as estações” ao registrar uma receita líquida nos últimos 12 meses até o terceiro trimestre de 2024 de cerca de R$ 12 bilhões, próxima dos R$ 12,5 bilhões projetados para 2024 – mesmo com a reviravolta no ciclo de afrouxamento monetário do Brasil: a taxa Selic encerrou 2024 em 12,25%, contra os 9% originalmente estimados pelo consenso da Focus.
O preço-alvo do BTG foi reduzido de R$ 48 para R$ 47, o que equivale a um potencial de valorização de 64,8%.
A casa também reitera uma recomendação outperform para a B3 (B3SA3), devido a uma combinação de: valuation atraente; desconto de 50% em relação a pares internacionais, contra nível histórico de 28%; acesso a fluxo de estrangeiros, com B3 sendo proxy para os ETFs brasileiros; e sólido rendimento, devido ao rendimento de dividendos de aproximadamente 8% para 2025.
O preço-alvo da B3 subiu de R$ 14 para R$ 15, o que representa um potencial de valorização de 52,4%.
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