O Goldman Sachs avalia que a junção proposta entre a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) “tem mérito estratégico”, pois poderia criar uma companhia aérea significativamente maior, com maior poder de precificação e otimização de rede, entre outras fontes de sinergia.
A análise da fusão entre Azul e Gol ocorre após a segunda empresa anunciar que assinou um Memorando de Entendimento (MoU) não vinculativo com o Grupo Abra, controlador da Gol, para explorar uma combinação das companhias.
O Goldman, ainda assim, destaca que ainda não há uma posição sobre o resultado do MoU. “Aguardamos mais detalhes sobre a estrutura potencial do acordo para avaliar as potenciais sinergias e a criação de valor que tal acordo poderia trazer”, afirmam Bruno Amorim e Joao Frizo, em relatório enviado a clientes.
Cade e Chapter 11: os obstáculos para a fusão
A dupla de analistas diz ainda que, conforme o MoU, a potencial nova companhia continuará operando sob as duas marcas (Azul e Gol) e o fechamento do acordo está sujeito a várias condições, tais como: aprovações corporativas e regulatórias, inclusive do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), condições precedentes usuais e a saída da Gol de seu processo de Chapter 11.
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O Goldman reitera recomendação neutra para Azul. O preço-alvo de R$ 5,40 para AZUL4 equivale a um potencial de valorização de 22,4% sobre o fechamento de quarta-feira (15).
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