As ações do Itaú (ITUB4) são a principal escolha no setor de bancos para a casa de análises do BTG Pactual, que projeta um potencial de alta de 23% para os papéis nos próximos 12 meses. O salto deve elevar a cotação do atual patamar de R$ 34,11 para R$ 42.
O Bradesco BBI também tem recomendação de compra para ITUB4, com um potencial de alta de 35% em 12 meses, para R$ 46. As duas researchs apontam os resultados em linha apresentados pelo Itaú no 4º trimestre do ano passado – somente neste período, o banco apresentou um lucro líquido de R$ 10,9 bilhões. No acumulado de 2024, o resultado foi recorde, com um ganho de R$ 41,4 bilhões, 16% acima do exercício anterior e o maior da história entre bancos.
“O destaque do trimestre foi a qualidade dos ativos, com todas as métricas (empréstimos não-pagos, custo do risco, índice de cobertura e etc) melhorando, colocando o banco em uma boa posição para iniciar 2025”, diz o BTG.
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“Acreditamos que os resultados do Itaú mostraram tendências sólidas no quarto trimestre, em que frisamos um forte crescimento de empréstimos, mesmo ajustando para o câmbio, e sólidas margens financeiras líquidas ajustadas ao risco”, reforça o Bradesco BBI.
Lucro em alta, ações em baixa
Apesar do lucro recorde e reforço de recomendação para a compra dos papéis por instituições como Bradesco BBI e BTG Pactual, as ações ITUB4 não vivem uma sessão de grandes ganhos. Por volta das 10h, o papel do Itaú chegou a afundar 3,4%, mas se recuperou durante o pregão. No fechamento, as ações do banco subiram 0,18%, a R$ 34,17.
A reação morna acontece em função do impacto das taxas de juros em algumas linhas do resultado, como os ganhos na mesa de negociação que fizeram o retorno dos ativos investidos pelo Itaú cair 14,5%, para R$ 904 milhões.