

A Petrobras (PETR4) negou nesta terça-feira, (11) que tenha distorcido os dados de produção de petróleo no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos, conforme publicado hoje por uma colunista de O Globo. “A companhia reforça que trabalha com seriedade, transparência e ética e que mantém aberto o canal de diálogo com os meios de comunicação”, disse a estatal.
Segundo a Petrobras, para a aferição do recorde de 800 mil barris de petróleo por dia em Búzios, anunciado em 24 de fevereiro, a companhia utilizou métrica comumente utilizada pela indústria de petróleo, que considera a referência instantânea da produção, verificada de forma online, por meio de sensores que monitoram em tempo real as plataformas de um campo.
Os dados de potencial produtivo são exibidos em displays para dezenas de pessoas no Centro de Operações Integrado, na sede da Petrobras, dando, portanto, toda a governança interna desse patamar.
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“O recorde foi divulgado às 14h02 de 24/02, após o campo alcançar pico de produção com potencial recorde equivalente a 807 mil barris/dia, ou seja, antes de finalizar o dia e, portanto, não se poderia sequer ter média diária questionada”, disse a estatal. “Quando se rompe a barreira de produção de 800 mil, se demonstra que aquele campo está apto a ofertar aquele nível de produção”, acrescentou, ressaltando que a marca foi atingida por três vezes ontem, 10.
Ainda de acordo com a estatal, o potencial produtivo da jazida difere da produção média diária, que é o dado reportado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse índice considera o volume produzido por unidade de tempo real e pode ser convertida no seu equivalente em barris por dia. Já na produção média diária é considerada a vazão média produzida ao longo de 24 horas.
“Toda a produção de um campo flutua ao longo do dia em função do desempenho de cada poço e da própria dinâmica de produção”, explicou.