

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (19) sobre a avaliação do mercado financeiro para o governo Lula trouxe, também, perguntas sobre o início do mandato de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central (BC), além da gestão do ministro Fernando Haddad e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para 49% dos ouvidos, a gestão de Galípolo é igual ao que se esperava, enquanto 20% a avaliam como melhor do que se antecipava – e apenas 3% como pior. Contudo, 28% disseram ser muito cedo para avaliar.
Para 38%, ele tem tomado decisões técnicas e para 5%, decisões políticas. A maioria, ou 58%, diz ser muito cedo para avaliar.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O levantamento mostra também que 45% consideram positiva a atuação de Galípolo como presidente do BC, e 41% como regular. As avaliações negativas totalizaram 8%, e 6% não souberam opinar.
Foram feitas 106 entrevistas junto a fundos de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, com coleta por meio de questionários online entre os dias 12 e 17 de março. Participaram gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão.
Como a pesquisa Genial/Quaest avalia o governo Lula?
A avaliação do governo Lula pelo mercado financeiro foi considerada negativa por 88% dos ouvidos em pesquisa Genial/Quaest. O resultado do levantamento anterior, em dezembro, mostrava insatisfação ainda maior, correspondente a 90%.
A avaliação positiva do governo Lula passou de 3% para 4%, entre dezembro e março, enquanto a percepção de que a administração é regular foi de 7% para 8% no mesmo intervalo, aponta a pesquisa Genial/Quaest.
Para 64%, a alta de preços dos alimentos é o principal motivo para a perda de popularidade de Lula, enquanto 56% consideram ser os equívocos na política econômica e 41%, o aumento de impostos.
Gestão de Haddad desagrada mercado
A avaliação do mercado financeiro sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve aguda deterioração entre o levantamento anterior da Genial/Quaest, em dezembro, e o de março, divulgado nesta quarta-feira. O porcentual de avaliações negativas subiu de 24% para 58% no intervalo, com as avaliações positivas retrocedendo de 41% para 10%, de dezembro para março. A avaliação regular passou de 35% para 32%.
Publicidade
Para 85% do mercado, houve enfraquecimento da gestão do ministro Haddad, comparado a 61% que o percebiam, em dezembro, com perda de força naquele momento. O porcentual de que ele continua com o mesmo grau de força, sem alteração, passou de 35% em dezembro para 14% em março, enquanto o de fortalecimento declinou de 4% para 1%.
Para 93%, política econômica do governo está na direção errada, em comparação a 96% que assim pensavam em dezembro. E para 92% dos ouvidos, Lula é o principal responsável pela política econômica, comparado a 5% que a atribuem a Haddad.
Nos 12 meses à frente, 83% do mercado aguardam piora econômica, comparado a 88% no levantamento de dezembro e, para 58%, há risco de o Brasil entrar em recessão em 2025. Para 51% do mercado, PIB deve crescer entre 1,51% e 2% este ano.