

O Goldman Sachs reduziu o preço-alvo de Itaúsa (ITSA4) de R$ 12 para R$ 11, após incorporar estimativas recentes dos preços-alvos de companhias que fazem parte do portfólio da holding e analisar dados do balanço do quarto trimestre de 2024, que apresentou lucro líquido recorrente de R$ 3,679 bilhões e alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para os analistas do Goldman Sachs, os números do quarto trimestre do ano passado e a teleconferência do balanço da Itaúsa causaram uma mudança de rota das estimativas. Eles afirmam que as projeções de lucro líquido diminuíram em 5% em 2025 e 4% em 2026, após incorporar resultados recentes.
Os especialistas lembram que a Itaúsa destacou que a reforma tributária aprovada em janeiro deve acabar com as ineficiências relacionadas ao Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) para a empresa a partir de janeiro de 2027.
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“Além disso, a empresa continua construtiva em seus ativos do setor não financeiro e está aberta a aumentar sua participação nas empresas ou potencialmente distribuir dividendos das empresas no futuro. A administração também continua construtiva em seu principal ativo Itaú”, dizem Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema, que assinam o relatório do banco.
Como devem ficar os dividendos da Itaúsa nos próximos anos?
O quarteto revela que a companhia reiterou que continuará desalavancando em vez de buscar investimentos adicionais, dado o cenário macro atual. Por isso, eles avaliam que o papel pode ser uma alternativa em relação a ação do Itaú. A estimativa do Goldman Sachs para os dividendos da Itaúsa é de 5,6% em 2025, 6,3% em 2026 e 6,9% em 2027.
“A Itaúsa está sendo negociada com um desconto de 19,0% em relação à Itaú, notavelmente acima de sua média de cinco anos de 6,5% e da média de três anos de 15,7%”, argumentam Labarta, Binsfeld, Abreu e Shema. O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Itaúsa (ITSA4) com preço-alvo de R$ 11 para o fim de 2025, alta de 14,8% na comparação com o fechamento de terça-feira (18), quando a ação encerrou o pregão a R$ 9,58.