Mercados reagem à forte queda do petróleo e aos dados da economia americana

No exterior, os mercados operam com volatilidade nesta quinta-feira, refletindo a queda de até 3% nos preços do petróleo após declarações de Donald Trump sobre um possível acordo nuclear com o Irã. A perspectiva de aumento na oferta da commodity pressionou os papéis do setor de energia, enquanto dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos — como vendas no varejo e inflação ao produtor — reforçaram apostas de cortes nos juros por lá, contribuindo para a queda dos rendimentos dos Treasuries e do dólar frente a moedas fortes.

No Brasil, o Ibovespa avança de forma moderada, sustentado por ações do setor financeiro e da Vale, mesmo com a pressão negativa da Petrobras. A curva de juros futuros recua, acompanhando o alívio nos Treasuries e o leilão de prefixados com menor risco. Já o dólar, que iniciou o dia em baixa, inverteu a direção e passou a subir frente ao real, refletindo o fortalecimento da moeda americana frente a pares emergentes e a queda do petróleo. Pela manhã, dados de varejo doméstico abaixo do esperado reforçaram a percepção de desaceleração econômica, o que pode manter a Selic estável nas próximas decisões do Copom. Por volta das 13h30, o Ibovespa subia 0,58%, aos 139.222 pontos, enquanto o dólar avançava 0,04% frente ao real, cotado a R$ 5,64.

Entre outros destaques da carteira do Ibovespa, a Eletrobras lidera as perdas após divulgar prejuízo de R$ 354 milhões no 1T25, revertendo lucro do ano anterior, com impacto negativo da Chesf e margens pressionadas. Em contrapartida, GPA avança com a notícia de aumento da participação da família Coelho Diniz, enquanto Light e Gol sobem com resultados positivos e recuperação operacional. A Oi também se destaca com forte alta, impulsionada pela venda da operação de banda larga. Já Americanas recua após reportar Ebitda negativo e prejuízo, frustrando expectativas de recuperação.