- Mudança na diretoria da Petrobras e oferta bilionária pela Braskem agitam a Bolsa; confira os destaques
Ainda na agenda econômica de hoje saem dados do setor externo de abril. Fernando Haddad também participa de evento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio. Na terça-feira (27), será divulgado o IPCA-15 de maio. Na quarta-feira (28), será informado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês passado e o Tesouro trará o relatório da dívida pública.
Na quinta-feira (29), o mercado espera o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) deste mês, a Nota de Crédito do Banco Central (BC), as contas do Governo Central e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do trimestre finalizado em abril. O PIB do Brasil do primeiro trimestre e o resultado primário do Setor Público de abril fecham a semana de divulgações, na sexta-feira (30).
No exterior, nesta segunda-feira, os mercados nos Estados Unidos ficam fechados devido à celebração do Memorial Day e no Reino Unido também não abrem por conta do Feriado Bancário da Primavera. As encomendas de bens duráveis dos EUA saem na terça-feira, precedidas do índice de confiança Conference Board. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga ata da última reunião de política monetária na quarta-feira e a Nvidia divulga balanço.
Ainda na agenda internacional, o PIB americano do primeiro trimestre será conhecido na quinta-feira. No dia seguinte, será informado o índice PCE de inflação dos EUA relativo a abril. Estão previstos discursos de vários dirigentes do Fed.
Mercado finaneiro hoje: os destaques desta segunda-feira
Trump recua com tarifas à União Europeia
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo (25) que vai estender o prazo para imposição de uma tarifa de 50% contra a União Europeia até 9 de julho, após ter falado por telefone com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Na sexta-feira (23), ele havia ameaçado adotar a taxa em 1º de junho. “Tivemos uma conversa muito agradável e concordei em adiá-la (a tarifa)”, disse Trump a jornalistas.
Bolsas internacionais reagem à trégua de Trump
O adiamento da imposição da tarifa de 50% dos Estados Unidos a produtos da União Europeia impulsiona as bolsas na Europa e os índices futuros de Nova York — embora os mercados à vista não abrirão nesta segunda-feira. Por isso, e também devido ao feriado no Reino Unido, a liquidez tende a ser reduzida. Na sexta-feira, as bolsas americanas fecharam em baixa após Donald Trump ameaçar impor uma tarifa fixa de 50% sobre importações da União Europeia a partir de junho.
Na Ásia, as bolsas de valores fecharam com sinais divergentes antes da Moody’s reafirmar o rating da China em A1, com perspectiva negativa.
A agenda desta semana tem força para mexer com os mercados, sobretudo dados como o PCE mensal dos EUA, medida predileta de inflação do Fed, que poderá ajudar a calibrar as apostas para a política americana. A questão nuclear também fica no foco: há sinais de que Trump pode anunciar negociações com o Irã nos próximos dias.
Focus: o que esperar da inflação e juros?
O boletim Focus do Banco Central atualizou, nesta segunda-feira (26), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do relatório do BC para a inflação brasileira em 2025 ficou estável em 5,50% na leitura desta segunda-feira, ainda acima do teto da meta (4,50%). Em relação aos juros domésticos, o boletim Focus espera que a Selic encerre 2025 no nível atual de 14,75% ao ano. Veja as demais projeções nesta matéria.
Vale (VALE3) recebe nova nota de crédito da Moody’s
A Moody’s atribuiu o rating (nota de risco de crédito) AAA.br (perspectiva é estável) à proposta da 11ª emissão de debêntures (títulos de dívida) da Vale (VALE3), no valor de R$ 6 bilhões, anunciada na quinta-feira (22). Para a classificadora, o rating está em linha com Rating Corporativo da Vale, diante da visão consolidada do grupo. Leia mais nesta matéria.
Commodities: petróleo tem viés de baixa e minério recua
O petróleo passou a exibir viés de baixa em meio à liquidez restrita por feriados nos EUA e no Reino Unido. Durante a madrugada, os preços da commodity subiram, reagindo à decisão de Trump de adiar o prazo para tarifas da UE. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho caía 0,13%, enquanto o do Brent para agosto perdia 0,09% na ICE, a US$ 64,72.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 2,21%, cotado a 706,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,38 em Dalian na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 0,25%.
O que esperar para o Ibovespa hoje?
O fechamento dos mercados americanos deve diminuir a liquidez. O Ibovespa hoje tem espaço para subir alinhado ao exterior, mas o recuo de 2,21% do minério de ferro em Dalian entra como viés de baixa. Apesar da ausência dos EUA, o real pode avançar, levando em conta o comportamento internacional, onde o euro e a libra sobem.
Em relação aos dados do setor externo de abril, a mediana das expectativas é de déficit de US$ 2,0 bilhões nas transações correntes em abril, após saldo negativo de US$ 2,244 bilhões em março. Para o Investimento Direto no País (IDP), a mediana indica entrada líquida de US$ 5,0 bilhões (ante US$ 6,0 bilhões).
Além disso, seguem no foco do mercado finaneiro hoje os desdobramentos das medidas sobre o IOF. A equipe econômica ainda aguarda o sinal verde do Palácio do Planalto para aumentar a contenção de gastos em R$ 2 bilhões e compensar a perda de arrecadação com o recuo na cobrança de IOF sobre o envio de recursos de fundos ao exterior.
* Com informações do Broadcast