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Os mercados internacionais não seguiram um viés único na sessão desta sexta-feira (20), em meio à escalada das tensões no Oriente Médio e incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos com a China. Na Europa, as bolsas fecharam em sua maioria em alta refletindo um certo alívio com a sinalização de que os americanos decidirão em até duas semanas sobre eventual envolvimento no conflito entre Israel e Irã. Mas apesar desse breve alívio, o clima de aversão ao risco prevaleceu em Nova York e os mercados acionários por lá encerraram em sua maioria em queda, pressionados também por temores sobre restrições a exportações de tecnologia para a China.
Aqui no Brasil, o tom mais duro do comunicado do Copom após a elevação da Selic para 15% ao ano gerou reprecificação nos mercados. Penalizado por ações sensíveis ao ciclo econômico, como varejistas e bancos, o Ibovespa fechou em queda de 1,15% aos 137.116 pontos. O giro financeiro foi de R$ 31 bilhões em dia de vencimento de opções sobre ações. Entre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque negativo do dia ficou com a Cosan, que caiu 9% diante das preocupações com seu elevado endividamento e o impacto da alta da Selic sobre seus custos financeiros.
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O movimento de queda se estendeu a empresas ligadas ao consumo doméstico, como Magazine Luiza, Vamos e Petz, pressionadas pela perspectiva de juros altos por mais tempo. O dólar, que chegou a cair com o diferencial de juros, inverteu o sinal e avançou 0,44% cotado aos R$ 5,53/US$, acompanhando o enfraquecimento das bolsas e ajustes de posição.
No mercado de juros futuros, o movimento dos contratos de Depósitos Interbancários (DI) com vencimentos intermediários e longos foi de queda, reforçado pelo recuo do retorno dos Treasuries. Já os DIs com vencimentos curtos avançaram refletindo a decisão do Copom.
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