As ações da Embraer(EMBR3) bateram a máxima histórica nesta quinta-feira (3) após a companhia divulgar sua prévia operacional do segundo trimestre de 2025. Para os analistas do Bradesco BBI, Citi e Safra, o número de entregas de aeronaves foi positivo e ligeiramente acima do esperado. O Bradesco BBI, inclusive, elevou o preço-alvo para os ativos da companhia.
As ações da Embraer subiram 4,42%, a R$ 83,14. Na máxima, o papel chegou a R$ 83,45, por ora. Ontem, a companhia informou que entregou 61 aeronaves entre abril e junho de 2025. O montante foi 30% superior ao registrado em igual trimestre de 2024, quando 47 aviões foram entregues, e mais que o dobro (103%) do resultado do primeiro trimestre de 2025.
Para os analistas do Bradesco BBI os números foram positivos. Eles comentam que embora o segmento de aviação comercial tenha permanecido estável em relação ao ano anterior, a aviação executiva apresentou de longe a surpresa mais atraente, com 38 jatos no segundo trimestre de 2025, contra 27 no mesmo ciclo de 2024.
O número também superou a estimativa do banco, que era de 33 aeronaves. No primeiro semestre de 2025, a Embraer entregou 41% da meta estimada com base no ponto médio da projeção anual, contra 35% em 2024 e 33% em 2023.
“Em nossa visão, isso demonstra os avanços da Embraer no nivelamento da produção, principalmente no segmento de aviação executiva. Vemos isso como uma redução significativa de risco para a Embraer cumprir sua projeção de entrega de jatos executivos para 2025 e para os próximos anos, à medida que a empresa reduz a dependência do segundo semestre do ano. Além disso, o aumento nas entregas também pode favorecer as margens da companhia, o que seria positivo para a ação EMBR3”, explica a equipe do Bradesco BBI.
Já os analistas do Citi explicam em relatório que a entrega de 57 jatos ficou ligeiramente acima da previsão, que era de 54 jatos. Eles pontuam que a quantidade e o mix de entregas de jatos executivos foram mais fortes do que o esperado, enquanto a quantidade e o mix de entregas de jatos do segmento comercial vieram um pouco abaixo das estimativas. O banco espera que a empresa forneça os resultados da carteira de pedidos firmes do segundo trimestre de 2025 nas próximas semanas.
A equipe do Safra comenta que para a Embraer cumprir a meta de 81 aeronaves, ela precisaria ter entregue cerca de 33 até agora, contra 26 efetivamente entregues. “Em nossa visão, isso reflete os problemas ainda desafiadores (embora em melhora) da cadeia de suprimentos. Dito isso, esperamos que a empresa acelere as entregas no segundo semestre de 2025”, argumentam Luiza Mussi e Lucas Melotti, que assinam o relatório do Safra.
Vale a pena comprar as ações da Embraer após dados do 2T25?
Os analistas estão otimistas com a ação após os dados divulgados. O Bradesco BBI elevou o preço-alvo da American Depositary Receipt (ADR) da Embraer negociada em Nova York de US$ 60,00 para US$ 68,00. “A elevação é fruto da incorporação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 e das entregas do período de abril a junho, aumentando nossa entrega de jatos executivos para 150 em 2025, ante 145 da estimativa anterior”, afirmam os analistas.
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O Bradesco BBI tem recomendação de compra para as ações da Embraer. O preço-alvo equivale a uma alta de 14,53% na comparação com o fechamento de quarta-feira (2), quando a ação encerrou o pregão a US$ 59,37. O Citi tem recomendação de compra para os ADRs da Embraer, com preço-alvo de US$ 59, abaixo do fechamento do papel na Nyse.
O Safra classifica o papel da Embraer (EMBR3) como outperform, desempenho acima da média do mercado, classificação equivalente à recomendação de compra. Os analistas estimam um preço-alvo de US$ 66,00, crescimento de 11,16% na comparação com o último fechamento.