O que Jeff Bezos faria? 3 lições para evitar golpes nos negócios
Foto: Adobe Stock
Já imaginou como algumas decisões certas podem transformar completamente o rumo de um negócio? Evitar armadilhas e fazer escolhas estratégicas é o que separa quem alcança o sucesso daqueles que ficam pelo caminho. Jeff Bezos, o criador da Amazon, não é apenas um dos nomes mais conhecidos da tecnologia, ele também acumulou uma bagagem valiosa sobre como se manter firme no mundo empresarial sem cair em armadilhas.
Em uma participação no DealBook Summit de 2024, evento promovido pelo New York Times, Bezos compartilhou reflexões sinceras sobre como evita ser manipulado em negociações e parcerias.
A seguir, três ideias que ele usa como bússola nos negócios:
1. A teimosia inteligente: seguir em frente apesar das negativas
Na fase inicial da Amazon, Bezos teve que convencer dezenas de pessoas a apostar em sua visão. Ele foi a pelo menos 60 reuniões buscando investidores dispostos a aplicar US$ 50 mil, mesmo sabendo que o risco de fracasso era alto.
Hoje, olhando para trás, reconhece que pode ter superestimado suas chances, mas o ponto principal é que ele não desistiu. Persistir mesmo sem garantias foi o que o levou adiante. Para ele, manter a convicção nos próprios projetos, mesmo quando ninguém mais acredita, é um diferencial que poucos cultivam.
2. O medo do risco paralisa, e esconde boas chances
Quando questionado sobre a ousadia de criar uma empresa como a Amazon, Bezos destacou algo que muitos empreendedores sentem, mas poucos admitem: a tendência humana de enxergar perigos maiores do que realmente são, ao mesmo tempo, em que minimiza as oportunidades.
Ele acredita que essa distorção freia o crescimento e impede que ideias promissoras avancem. Para Bezos, uma abordagem ousada, ainda que não isenta de riscos, pode ser o que separa uma ideia comum de um projeto grandioso.
“Os riscos provavelmente não são tão grandes quanto você imagina, e as oportunidades podem ser maiores do que você imagina. Pensar pequeno é uma profecia autorrealizável”, reforçou o bilionário.
3. Confiança como escolha estratégica
Bezos escolhe acreditar nas intenções das pessoas, mesmo quando poderia desconfiar. Ao ser perguntado sobre o possível uso de influência política por parte de Elon Musk, seu concorrente no setor espacial, ele afirmou que prefere levar as palavras das pessoas a sério, até que se prove o contrário.
“Levo isso ao pé da letra o que foi dito, ou seja, que ele não usará seu poder político para beneficiar suas próprias empresas ou prejudicar seus concorrentes”, afirmou Bezos.
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Segundo ele, optar por não cair no cinismo tem sido uma vantagem ao longo da vida. Ele admite que já foi enganado algumas vezes, mas garante que o saldo é positivo: confiar geralmente traz mais retorno do que prejuízo.
Jeff Bezos não recomenda ingenuidade, mas sim uma postura que combine otimismo calculado, visão de longo prazo e confiança na própria ideia. Em um ambiente em que a dúvida e o medo andam juntos, ele mostra que, às vezes, o caminho menos cínico e mais persistente é justamente o que leva mais longe.