O Itaú BBA elevou estimativas para o Bradesco (BBDC4) para 2025 e 2026, após a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2025, com números superando projeções. A recomendação “outperform” (equivalente a compra) para o papel do banco foi reiterada e o preço-alvo da ação para 2026 foi atualizado para R$ 22,00 por ação.
A previsão de lucro do Bradesco de 2025 foi elevada de R$ 24,6 bilhões para R$ 24,9 bilhões e a de 2026 de R$ 27,7 bilhões para R$ 29,2 bilhões.
A estimativa de receita total do Bradesco passou de R$ 133,8 bilhões em 2025 para R$ 139,6 bilhões, enquanto a do ano que vem subiu de R$ 144,6 bilhões para R$ 148 bilhões.
No retorno sobre o patrimônio (ROE, em inglês), a previsão do indicador do Bradesco em 2025 foi elevada de 14,8% para 14,9% e a de 2026 de 15,5% para 16,3%. O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, ressaltou em conversas com analistas ontem que o banco vai perseguir um retorno mais alto e fará tudo o que tiver ao alcance para elevar o indicador.
“Os números do segundo trimestredo Bradesco mostraram que os resultados operacionais do banco estão melhorando de forma rápida e sustentável, na nossa visão”, comenta o analista do BBA, Pedro Leduc, e equipe em relatório.
Ainda entre as revisões, o Itaú BBA prevê despesas com provisão um pouco maiores no Bradesco, chegando a R$ 32,5 bilhões em 2025 (de R$ 31,8 bilhões da provisão anterior) e R$ 35 bilhões em 2026 (R$ de R$ 34 bilhões).
“A capacidade de execução de receita do banco parece ter sido restaurada por meio de uma combinação de crescimento dos empréstimos, gestão de spreads, receitas de serviços e seguros”, comenta o Itaú BBA.
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Entre os segmentos de negócios, Leduc ressalta que o Bradesco está se beneficiando de mudanças estruturais na área da saúde e o crescimento nas transações de cartão de crédito indica uma recuperação no engajamento dos clientes.