
No exterior, os mercados operam com volatilidade e sinais mistos, em meio à escalada da guerra comercial liderada pelo presidente americano Donald Trump, que elevou tarifas sobre semicondutores. Apesar do ambiente tenso, os dados da balança comercial chinesa vieram acima das expectativas, trazendo suporte aos ativos emergentes e contribuindo para a recuperação parcial das bolsas.
Nos Estados Unidos, declarações do presidente do Fed (o banco central americano) de Atlanta, Raphael Bostic, indicando apenas um corte de juros neste ano, geraram dúvidas sobre o ritmo da política monetária, mas não provocaram grandes oscilações nos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) nem no índice dólar (DXY), que seguem próximos da estabilidade.
No Brasil, o Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – volta a superar os 136 mil pontos, impulsionado por resultados corporativos sólidos e pela queda dos juros futuros, em linha com o recuo do dólar e a deflação nos índices de preços. Pela manhã, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,07% em julho, abaixo da deflação de 1,8% observada no mês anterior, mas acima do consenso de mercado (-0,13%). No acumulado do ano, o índice apresenta deflação de 1,82%, com alta de 2,91% em 12 meses.
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O mercado também monitora o plano de contingência do governo para enfrentar os impactos tarifários e possíveis ajustes nas exportações brasileiras. Às 14h10, o Ibovespa avançava 1,76%, aos 136.901 pontos, enquanto o dólar recuava 0,13%, cotado a R$ 5,46.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, os destaques positivos ficam com Eletrobras (ELET6), Suzano (SUZB3) e Rede D’Or (RDOR3), que apresentaram resultados acima das expectativas, com forte geração de caixa e anúncio de dividendos robustos. Smartfit (SMFT3) e Guararapes (GUAR3) também avançam após lucros expressivos, enquanto Qualicorp (QUAL3) dispara com a venda de participação na Gama Saúde.
Na ponta negativa, Braskem (BRKM5) decepciona com prejuízo e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) abaixo do esperado, pressionada por cenário adverso na petroquímica. Hypera (HYPE3), CBA (CBAV3) e Casas Bahia (BHIA3) também recuam, refletindo resultados fracos e movimentos societários que geram incertezas entre os investidores.
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