A JBS teve lucro líquido de US$ 528 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 60,6% ante igual período do ano passado, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira. O Ebitda ajustado somou US$ 1,754 bilhão, queda de 7,4% na comparação anual, com margem de 8,4%, recuo de 1,4 ponto porcentual. A receita líquida totalizou US$ 20,998 bilhões, crescimento de 8,9% na mesma base de comparação.
“Este resultado reforça o valor da nossa plataforma global e multiproteína. Mesmo com um terço do nosso negócio nos Estados Unidos operando no negativo, conseguimos crescer, gerar margem e entregar lucro”, disse ao Broadcast Agro o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni.
O desempenho no trimestre foi impulsionado principalmente por Seara, Pilgrim’s Pride e JBS Austrália. A Seara registrou receita de US$ 2,166 bilhões, com Ebitda de US$ 391,8 milhões e margem de 18,1%, mesmo após o impacto da gripe aviária e o fechamento temporário de alguns mercados ao País. A Pilgrim’s Pride teve receita de US$ 4,75 bilhões, Ebitda de US$ 817,7 milhões e margem de 17,2%, beneficiada por forte demanda, custos mais baixos de milho e soja e mudanças no comportamento do consumidor, com mais refeições feitas em casa.
A JBS Beef North America, por sua vez, teve receita de US$ 6,805 bilhões, com Ebitda ajustado negativo em US$ 233 milhões e margem Ebitda negativa de 3,4%. A JBS Austrália reportou receita de US$ 1,97 bilhão, e Ebitda de US$ 290,2 milhões, com margem de 14,7%, apoiada pela boa oferta de carne bovina e melhora na operação de aquicultura. No Brasil, a divisão de carne bovina registrou receita de US$ 3,58 bilhões, avanço de 20,2%, e Ebitda de US$ 228,6 milhões, com margem de 6,4%.
A companhia encerrou o trimestre com US$ 3 bilhões em caixa e US$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, suficiente para honrar dívidas até 2032. A dívida líquida fechou o último trimestre em US$ 16,524 bilhões, avanço anual de 12%, com alavancagem de 2,27 vezes, ante 2,77 vezes um ano antes.
“Temos uma situação financeira bastante confortável, com prazo médio da dívida ampliado de 11 para 15 anos, custo reduzido e liquidez total próxima de US$ 7 bilhões”, afirmou o CFO Guilherme Cavalcanti.