

O Ibovespa hoje renovou a máxima história intradia, acima dos 144 mil pontos, nesta quinta-feira (11). Às 12h27 (de Brasília), o índice subia 0,72%, aos 143.379 pontos, após atingir a máxima de 144.012 pontos.
Publicidade
O Ibovespa hoje renovou a máxima história intradia, acima dos 144 mil pontos, nesta quinta-feira (11). Às 12h27 (de Brasília), o índice subia 0,72%, aos 143.379 pontos, após atingir a máxima de 144.012 pontos.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O movimento ocorre em sintonia com a aceleração das bolsas americanas, na esteira das perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos a partir da semana que vem, e na virada para cima de Vale (VALE3/+0,99). “É um bom dia para o Ibovespa”, pontua Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, citando que o mercado reagiu “bem” ao índice de preços ao consumidor (CPI) informado hoje nos EUA.
“Não houve grandes surpresas. O mercado de trabalho norte-americano está arrefecendo a inflação segue alta, mas não é uma explosão. As tarifas devem acelerar a inflação, mas no longo prazo deve haver desaceleração”, avalia, completando que desta forma prossegue a ideia de três cortes de juros nos EUA em 2025. “Puxa fluxo no mundo como um todo, o Ibovespa tem bom desempenho em dia de fechamento da curva, o que estimula ações mais sensíveis a juros”, afirma.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O principal índice da B3 ontem quase renovou marca histórica, ao fechar a 142.348,70 pontos, em alta de 0,52%.
As atenções dos investidores recaem também sob a retomada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, às 14 horas no STF, que poderá definir os rumos do caso. Ontem, o ministro Luiz Fux, terceiro a julgar o caso, levou mais de 11 horas para votar pela absolvição de Bolsonaro, o que causou surpresa em colegas e advogados.
Nesta manhã, foram divulgados a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e o CPI. Quanto ao varejo, houve recuo de 0,3% no conceito restrito, vindo igual à Medina das expectativas. Já o varejo ampliado apresentou alta de 1,3%, superando a mediana de 0,8% das projeções. Após a divulgação, os juros operaram próximos da estabilidade.
Os números podem dificultar apostas de recuo da Selic em dezembro, como sugeriu ontem a leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto.
Já o CPI subiu 0,4% em agosto ante mediana positiva de 0,3% das previsões. Apesar da aceleração, não deve alterar as apostas de corte de juros nos EUA na quarta-feira que vem, mas pode colocar dúvidas sobre as próximas estimativas de queda das taxas.
Publicidade
Entre as commodities hoje, o petróleo cai 1,15%, enquanto o minério de ferro fechou com queda de 0,81% em Dalian, na China. No câmbio, o dólar hoje opera em queda de 0,50% ante o real, a R$ 5,37 – confira as notícias sobre a moeda americana.
Um tom levemente otimista abarca os mercados de ações do ocidente, com as bolsas de Nova York em alta, assim como os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) nesta manhã. Investidores reagem ao CPI de agosto, após o Índice de Preços ao Produtor (PPI) americano vir bem abaixo do esperado.
O CPI dos Estados Unidos subiu 0,4% em agosto ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o CPI subiu 2,9% em agosto.
Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam para julho altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente. Em julho, o índice cheio do CPI teve alta de 0,2% na comparação mensal e acréscimo de 2,7% no confronto anual.
Publicidade
Na esteira da expectativa de queda dos juros nos EUA na próxima semana e do otimismo com Inteligência Artificial (IA), a maioria das bolsas asiáticas fechou com ganhos.
Nesta manhã, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as suas principais taxas de juros, conforme o esperado.
As vendas do comércio varejista caíram 0,3% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho de 2024, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,0% em julho. Os números podem dificultar apostas de recuo da Selic em dezembro, como sugeriu ontem a leitura do IPCA de agosto.
A queda de 0,3% nas vendas do varejo restrito em julho coincidiu com a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast. O intervalo das previsões variava de queda de 0,8% a alta de 0,5%. Já o varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, que teve alta de 1,3%, ficou acima da mediana, que era de alta de 0,8%. O intervalo das projeções era de qu4eda de 0,6% a alta de 2,5%.
A economista do C6 Bank Claudia Moreno projetava o exato recuo de 0,3% no comércio restrito nesta leitura. Ela atribui o resultado ao peso da política monetária contracionista, que desaquece sobretudo o consumo de itens que demandam crédito, como móveis e eletrodomésticos.
“Temos visto um impacto mais claro da alta da Selic no varejo”, afirma ela.
O viés de alta dos índices de ações no exterior pode ser insuficiente para empolgar os ativos brasileiros, principalmente o Índice Bovespa. Os mercados iniciam a sessão avaliando as vendas do varejo, o CPI dos EUA e no aguardo da retomada do julgamento no STF, prevista para as 14 horas.
Publicidade
Espera-se hoje formar maioria para uma definição sobre condenações e absolvições, porém, o veredicto só sairá amanhã. A ministra Cármen Lúcia será a primeira a votar no dia e terá papel decisivo para o destino dos réus.
Na quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, terceiro a julgar o caso, levou mais de 11 horas para votar pela absolvição de Bolsonaro, o que causou surpresa nos colegas e advogados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quinta-feira (11), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, com votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que podem repercutir no Ibovespa hoje após a surpresa com o voto do ministro Luiz Fux ontem. No exterior, o mercado acompanha índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA.
A agenda econômica hoje também traz os dados de vendas no varejo restrito e ampliado de julho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o Tesouro Nacional faz leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e de Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).
Em paralelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reuniões com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Publicidade
No exterior, sai ainda a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), seguida de entrevista coletiva da presidente Christine Lagarde.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Maria Regina Silva e Luciana Xavier, do Broadcast
Publicidade
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador