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Negócios

Corinthians falha em repassar R$ 100 milhões a fundo da Neo Química Arena e valor vira dívida com a Caixa

Fundo de investimento criado para pagar as dívidas de construção do estádio com a Caixa não tem mais repasse de bilheteria e naming rights pagos em 2023; procurados, o Corinthians afirmou que dinheiro foi usado para pagar custos do clube e a Caixa não comentou o assunto

Por Jenne Andrade
Editado por Valéria Bretas

09/10/2025 | 5:30 Atualização: 09/10/2025 | 11:13

Fundo imobiliário que detém o estádio do Corinthians tem auditoria inconclusiva e uma série de questionamentos. (Foto: Adobe Stock)
Fundo imobiliário que detém o estádio do Corinthians tem auditoria inconclusiva e uma série de questionamentos. (Foto: Adobe Stock)

Em maio de 2011, o Corinthians iniciou o ambicioso projeto de construção de seu próprio estádio, o atual Neo Química Arena. O empreendimento, situado na Zona Leste de São Paulo e com uma área de 189 mil metros quadrados, trouxe um custo de R$ 985 milhões para os cofres do clube. Do total, R$ 400 milhões foram financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF).

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No papel, o dono oficial da Neo Química Arena é o Arena Fundo Imobiliário (Arena FII). O fundo foi criado para levantar recursos para a construção do estádio, de forma que todas as receitas futuras, como vendas de bilheteria e eventos, fossem transferidas do Corinthians para o FII para pagar as dívidas do empreendimento, como o financiamento com a Caixa Econômica.

Contudo, no final de 2023, data da última demonstração financeira publicada, o fundo acumulava quase R$ 100 milhões em receitas de bilheteria a receber do Corinthians. Procurado, o Corinthians alega que o dinheiro foi usado para pagar despesas do clube (leia abaixo).

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No mesmo ano, a YPC Auditum — responsável pela auditoria das demonstrações financeiras — apontou que o FII não recebeu qualquer repasse relativo ao contrato de naming rights (quando uma empresa paga para batizar o estádio com o nome de uma marca) firmado com a Hypera Pharma no valor de R$ 15 milhões anuais, vigente até 2040. Os documentos do FII também apontam que a Neo Química Arena chegou a perder R$ 424,7 milhões em valor de mercado ao longo de 8 anos (2014-2022); nenhum cálculo foi realizado depois deste período.

O Corinthians alega que a desvalorização reflete o aumento da taxa de juros no País. Também confirmou que esses R$ 100 milhões de bilheteria não foram transferidos ao Arena FII, mas também não foram enviados à Caixa Econômica e acabaram engordando o saldo devedor do estádio. Hoje, o time deve R$ 645 milhões à Caixa após a atualização do valor ao longo dos anos.

O clube justifica que o dinheiro não enviado ao FII foi usado para pagar despesas dos próprios jogos e outros custos recorrentes e que, desde a última negociação com a Caixa, em 2022, não é mais necessário repassar a bilheteria ao fundo (ainda que precisem continuar enviando o dinheiro à CEF para pagar a dívida). Procurada, a Caixa afirmou não poder comentar ou prestar esclarecimentos em razão do “caráter sigiloso das informações envolvidas”.

O clube diz estar comprometido em fazer os ajustes contábeis necessários nas demonstrações financeiras do FII e confirmou que vai republicar o balanço de 2024 do próprio Corinthians, com o objetivo de inserir informações mais detalhadas sobre o fundo imobiliário. “A gestão atual está regularizando todas as questões pendentes em relação às demonstrações financeiras do fundo”, diz o clube

De torcedores para cotistas?

Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, afirmou em entrevista realizada no dia 8 de setembro que o clube não tem dinheiro para pagar a dívida do estádio com a Caixa e até mencionou a necessidade de “trocar o fundo que está administrando o problema todo”. Diante dessa situação, Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente da Caixa, disse em entrevista à ESPN que uma das soluções para as dificuldades financeiras do Corinthians poderia passar por criar um novo fundo de investimento para abrigar a Neo Química Arena, só que aberto para pessoas físicas comprarem cotas.

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Essa possibilidade é chancelada pelo Corinthians, em nota enviada à reportagem. “O FII não é um problema para o clube. Pelo contrário, pode ser um excelente instrumento de captação de recursos via mercado de capitais. A entrevista recente do presidente da CEF pode ser um indicativo das possibilidades”, disse o time. “No momento estamos em processo de avaliação e maturação do modelo.”

Mas o risco de investir nesse FII não pode ser desprezado. Segundo Alfredo Sequeira Filho, porta-voz da associação de assessores de investimento AIs Livres e presidente da DNAinvest assessoria de Investimentos, um FII do estádio do Corinthians seria um ótimo produto do ponto de vista publicitário, para atrair novos CPFs para o mercado. Já como investimento, a atratividade seria bem menor. Quem compra cotas de um FII comum quer receber dividendos dos imóveis investidos, mas, no caso do estádio, a dívida com a Caixa poderia engolir boa parte desses rendimentos.

O próprio Corinthians, em suas demonstrações financeiras, afirma que os naming rights e 50% da bilheteria precisam ser encaminhados à CEF para pagar o financiamento.

Esse tipo de produto, portanto, seria indicado para quem é mais torcedor do que investidor e não está preocupado em ter o dinheiro de volta. “Como instrumento de marketing é ótimo, atrairia muitos corintianos que iriam querer ser ‘donos de um pedacinho do estádio do seu time do coração’, mas como investimento é super arriscado”, diz Filho, que fez carreira distribuindo produtos financeiros a investidores.

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Segue no radar o fato de atualmente o Arena FII ser administrado pela Reag Trust, um dos principais alvos da recente Operação Carbono Oculto. O grupo financeiro é investigado por supostamente abrigar fundos de investimentos utilizados por organizações criminosas para lavar dinheiro.

Procurada, a Reag negou irregularidades no FII do Corinthians e disse ter participado da última reestruturação da dívida do clube junto à Caixa. “Atualmente, o fundo vem sendo administrado e gerido em conformidade com os padrões regulatórios da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), não apresentando irregularidades em suas operações”, diz a instituição.

Para Filho, é necessário saber ainda se os reguladores do mercado – CVM e Anbima – aceitariam emitir novas cotas relacionadas ao estádio para pessoas físicas, tendo em vista que o Arena FII teve auditoria inconclusiva nas últimas demonstrações, que são ainda de 2023.

Tiago Feitosa, CEO e fundador da T2 Educação, plataforma de cursos preparatórios para certificações financeiras, chama a atenção para a falta de transparência sobre o fluxo de dinheiro que corre no fundo imobiliário. “A concentração do FII em uma única propriedade, o estádio do Corinthians, que tem apenas um inquilino que não paga, já representaria um risco mais alto para os futuros investidores em comparação com outros FIIs no mercado”, afirma.

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