Veja as projeções da XP para Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e Petrorecôncavo (RECV3). Foto: Adobe Stock
A XP Investimentos cortou o seu preço-alvo para Prio (PRIO3), Brava Energia (BRAV3) e Petrorecôncavo (RECV3). A atualização leva em conta uma previsão mais baixa para o petróleo Brent ao final de 2025, em US$ 65 por barril (antes em US$ 70 o barril). As informações estão presentes em relatório divulgado pela corretora nesta segunda-feira (3).
Ainda que reconheça um viés de baixa para a commodity no curto prazo e mostre preocupações com os riscos de excesso de oferta, a XP não projeta um ciclo prolongado de queda para o petróleo, como tem sido o consenso do mercado. “Em linhas gerais, seguimos mais otimistas do que a maioria dos participantes”, destaca.
A corretora mantém recomendação de compra para Prio, Brava e Petrorecôncavo, com preços-alvo atualizados de R$ 60, R$ 20 e R$ 15, o que representa um potencial de valorização de 67%, 36% e 21%, respectivamente, em relação às atuais cotações dos papéis. Antes, a XP tinha preço-alvo de R$ 66 para PRIO3, R$ 27 para BRAV3 e R$ 22 para RECV3.
Segundo a XP, os riscos para as recomendações incluem uma possível queda do preço do petróleo abaixo de US$ 65 por barril, além de fatores específicos de cada empresa, como o início da produção de Wahoo no caso da Prio; a estabilização das taxas de declínio de produção para a Brava; e a eficiência de capex (investimentos) para a Petrorecôncavo.
Ainda no relatório, a XP apresentou suas projeções para o balanço do terceiro trimestre (3T25) das três companhias. Confira abaixo:
Prio (PRIO3)
A expectativa é por menor produção, mas maiores vendas. No geral, a corretora espera uma melhora sequencial nos resultados, com receita de US$ 554 milhões, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de US$ 345 milhões e lucro líquido de US$ 93 milhões.
Segundo a XP, o principal catalisador para a tese de investimento na Prio continua sendo o campo de Wahoo, que recebeu em setembro licença de instalação e deve passar por sua primeira extração no fim de março ou no início de abril de 2026.
Brava Energia (BRAV3)
A casa relembra que o segundo trimestre marcou um ponto de virada importante para a Brava, com o fluxo de caixa livre voltando a ser positivo e o aumento da produção em Atlanta. O terceiro trimestre deve manter essa tendência.
A XP projeta receita líquida de aproximadamente R$ 3,1 bilhões, Ebitda de R$ 1,3 bilhão e lucro líquido de R$ 102 milhões, equilibrando efeitos pontuais — negativos, vindos de recebíveis da Yinson Production Offshore, e positivos, pela valorização do real.
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Em termos de caixa, espera mais um trimestre de forte geração de fluxo de caixa livre, que deve somar R$ 260 milhões, excluindo os recebíveis da Yinson, o que representa um rendimento de cerca de 4%.
Petrorecôncavo (RECV3)
A corretora projeta que os resultados do terceiro trimestre da Petrorecôncavo repitam o padrão observado no segundo trimestre. A casa estima receita líquida de R$ 756 milhões, Ebitda de R$ 354 milhões e lucro líquido de R$ 178 milhões.
“Esperamos que os fluxos de caixa permaneçam pressionados pelo capex elevado, resultando em fluxo de caixa livre negativo pelo segundo trimestre consecutivo, embora em um nível melhor que no segundo trimestre”, acrescenta a XP.