No Brasil, o mercado acompanhou a divulgação do volume de serviços prestados, que subiu 0,6% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,4%, com intervalo entre queda de 0,4% e avanço de 0,8%.
Entre as ações de maior peso para o Ibovespa, os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) encerraram em queda de 2,99%, enquanto os preferenciais (PETR4) recuaram 2,56%. Os ativos da Vale (VALE3) subiram 1,11%, já os do Banco do Brasil (BBAS3), que divulga balanço após o fechamento dos mercados, cedeu 2,85%.
Nos EUA, investidores acompanharam falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed). O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou nesta quarta que é a favor de manter a taxa de juros estável até o banco central americano ter evidências claras de que a inflação está novamente se movendo significativamente em direção à meta de 2%. “A meu ver, essa é uma posição apropriada neste ambiente volátil”, disse em evento do Clube Econômico de Atlanta.
Já o diretor do Fed Stephen Miran afirmou que a política monetária está muito restritiva nos EUA, ao participar de rodada de perguntas e respostas em evento da Universidade de Cambridge. Na ocasião, ele reiterou que o comitê do banco central americano tem decidido os juros olhando para questões passadas, mas que a política “deve olhar para o futuro”.
Ainda na agenda, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reafirmou sua previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,3 milhão de barris por dia (bpd). Se confirmada a projeção, o consumo global somaria 105,14 milhões de bpd em 2025, segundo relatório mensal divulgado nesta quarta-feira.
Ibovespa hoje: os destaques do mercado de ações nesta quarta-feira (12)
Bolsas globais de NY fecham sem direção única
Os mercados de Nova York fecharam mistos, com Nasdaq em queda de 0,26%, enquanto Dow Jones e S&P 500 avançaram 0,68% e 0,06%, respectivamente.
Já as Bolsas europeias fecharam em alta. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,12%, a 9.911,42 pontos, renovando recorde de fechamento. Em Frankfurt, o DAX subiu 1,22%, a 24.380,77 pontos, em recorde de fechamento. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 1,04%, a 8.241,24 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,80%, a 44.792,64 pontos. Em Madri, o Ibex 35 subiu 1,39%, a 16.615,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 1,21%, a 8.293,84 pontos.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuaram, enquanto o dólar hoje avançou frente a outras moedas fortes.
Banco do Brasil encerra temporada de balanços bancários
O balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25) deve mostrar o Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço, disseram analistas de Ágora Investimentos, Genial e Banco Safra. A estimativa é que a estatal reporte lucro líquido ajustado entre R$ 3,22 bilhões e R$ 3,48 bilhões, queda de 63,4% a 66,1% na comparação com os R$ 9,51 bilhões de igual período do ano passado, segundo apurado pelo E-Investidor. O balanço encerrará a temporada de balanços de bancos no terceiro trimestre.
Commodities hoje: petróleo recua, minério sobe
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, refletindo uma correção técnica após três sessões consecutivas de ganhos, antes do relatório mensal da Opep. Nesta tarde, o barril do petróleo WTI para dezembro caiu 4,37%, enquanto o do Brent para janeiro cedeu 3,76%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, teve alta de 1,38% no contrato futuro para entrega em janeiro de 2026, cotado a 774 yuans, o equivalente a US$ 108,74 a tonelada.
Esses e outros dados do dia ficaram no radar de investidores e impactaram as negociações na Bolsa de Valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast