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A agenda econômica enxuta desta sexta-feira traz o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de novembro em destaque, além de repercutir no Ibovespa hoje balanços corporativos. Também são aguardados dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE), que podem influenciar apostas sobre juros, em meio a impasses sobre divulgações de dados econômicos nos EUA com o fim da paralisação.
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Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (por vídeo), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, além de representantes do Banco do Brasil e do governo do Reino Unido, lançam o quarto leilão do programa Eco Invest Brasil, focado em projetos sustentáveis na Amazônia e outras regiões.
O mercado acompanha ainda a Reunião Trimestral do Banco Central (BC) com economistas em São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Fernando Haddad participam da cerimônia de entrega da Ordem Nacional do Mérito Educativo.
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Entre as empresas componentes da carteira do Ibovespa que realizam teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre está a JBS. Já a Azul publica balanço antes da abertura da B3, enquanto Cosan e Marisa Lojas, após o fechamento.
No exterior, estão programados eventos com os dirigentes do Fed Jeffrey Schmid, de Kansas City; Lorie Logan, de Dallas; e de Raphael Bostic, de Atlanta. Na Europa, o dirigente do BCE, Frank Elderson discursa no dia de Finanças da COP30, em participação virtual, enquanto o economista-chefe do BCE, Philip Lane participa de evento do BC da Suíça.
Os mercados globais operam sob pressão sincronizada. As bolsas asiáticas caíram após novos dados reforçarem a desaceleração chinesa, especialmente em investimentos em ativos fixos. Os futuros em Nova York e as ações europeias também recuam diante da incerteza sobre a divulgação de dados econômicos dos EUA após o fim da paralisação do governo Trump.
A suspensão prolongada de indicadores alimenta dúvidas sobre a força da economia, dificulta a leitura do Federal Reserve e eleva os prêmios nos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) longos. O quadro, somado às fortes perdas de ontem em Wall Street, reacende temores de sobrevalorização de ações de Inteligência Artificial (IA).
O bitcoin atingiu mínima em seis meses, voltando a operar abaixo da marca dos US$ 100 mil. No câmbio, o dólar hoje segue firme pela busca por segurança, enquanto a libra enfraquece após a ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, recuar do plano de elevar o imposto de renda — movimento visto como risco fiscal e que impulsiona os juros dos Gilts.
Os contratos futuros de petróleo sobem mais de 2%, em ajustes após perdas recentes provocadas por relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que projetou equilíbrio entre oferta e demanda global até 2026. Nesta manhã, o WTI para dezembro avançava 2,27%, a US$ 60,02, e o Brent para janeiro subia 2,05%, a US$ 64,30.
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Entre as commodities hoje, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, teve alta de 0,26% no contrato futuro para entrega em janeiro de 2026, cotado a 772,5 yuans, o equivalente a US$ 108,86 a tonelada.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,24% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,54%.
A cautela externa pode ser parcialmente suavizada na bolsa pela alta do petróleo e do minério de ferro, e devem repercutir também balanços como o do Nubank (ROXO34), em meio a dúvidas sobre o impacto fiscal da ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) até R$ 5 mil.
O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York recuava levamente 0,09% no pré-mercado nesta manhã.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-10) subiu 0,18% em novembro, após alta de 0,08% em outubro, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou quase em linha com a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, de avanço de 0,17%, com intervalo entre altas de 0,03% e 0,30%.
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Juros futuros e câmbio devem refletir a alta dos retornos dos Treasuries e do dólar após o leilão pesado de prefixados na véspera.
O ministro Fernando Haddad negou que a questão fiscal explique a Selic a 15% e disse esperar ver o BC reconhecer “esforço fiscal relevante”. O chanceler Mauro Vieira afirmou que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, responderá até a próxima semana sobre a proposta de pausa temporária em tarifas.
O presidente Lula informou a parlamentares que vetará trecho da Medida Provisória (MP) do setor elétrico que, segundo a Abrace Energia, teria impacto de R$ 7 bilhões.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
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*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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