Donald Trump pediu que o Departamento de Justiça investigue possíveis vínculos de Jeffrey Epstein com o JPMorgan e figuras democratas. (Imagem: Adobe Stock)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que pedirá ao Departamento de Justiça (DoJ) que investigue os supostos vínculos de Jeffrey Epstein com grandes instituições financeiras e figuras democratas de destaque, incluindo o ex-presidente Bill Clinton. O movimento ocorre após a divulgação de milhares de documentos por um comitê do Congresso, que reacendeu questionamentos sobre a própria relação de Trump com Epstein.
Em publicações na Truth Social, Trump disse que solicitará à procuradora-geral Pam Bondi, ao DoJ e ao FBI que apurem a participação e relação de Epstein com Clinton, o ex-secretário do Tesouro Larry Summers, o cofundador do LinkedIn e democrata, Reid Hoffman, o JPMorgan Chase “e muitas outras pessoas e instituições”. Segundo ele, o objetivo é “determinar o que estava acontecendo com eles, e com ele”.
À Reuters, o JPMorgan afirmou lamentar qualquer associação que tenha sido feita ao caso Epstein e negou tê-lo ajudado a “cometer seus atos horríveis. Encerramos nossa relação com ele anos antes de sua prisão por acusações de tráfico sexual”.
Trump acusou os democratas de usar o caso para desviar atenções do “desastroso SHUTDOWN”. Para o presidente, a oposição estaria “fazendo tudo em seu poder decadente” para reacender o tema, mesmo após o DoJ divulgar 50 mil páginas de documentos. O republicano concluiu dizendo que Epstein “era um democrata, e é problema dos democratas”.
O caso Jeffrey Epstein envolve uma rede de acusações de tráfico sexual, exploração de menores e aliciamento de jovens para fins ilícitos, que levou à sua prisão em 2019, pouco antes de sua morte em um centro de detenção federal. Investigações posteriores revelaram que Epstein manteve, por anos, relações profissionais e sociais com figuras influentes do meio político e financeiro.
O JPMorgan, maior banco dos Estados Unidosem valor de mercado, chegou a ser apontado em ações civis como uma instituição que teria falhado em monitorar transações e comportamentos suspeitos de Epstein enquanto ele era cliente do banco, alegações que a instituição sempre negou. Em 2023, o JPMorgan fechou acordos milionários para encerrar diferentes processos relacionados ao tema, sem admitir culpa. No Brasil, o JPMorgan também ganhou relevância por sua participação no C6 Bank, onde detém cerca de 46% do capital do banco digital.
O caso Epstein envolve acusações de tráfico sexual e exploração de menores, que levaram o financista à prisão em 2019, pouco antes de sua morte. Já o JPMorgan é o maior banco dos Estados Unidos em valor de mercado e chegou a ser acusado civilmente de falhas de supervisão em sua relação passada com Epstein, processos que a instituição resolveu via acordo.
As ações do JPMorgan Chase caíam cerca de 1,16% por volta das 15h (de Brasília) na NYSE, negociadas a US$ 306,06.