Bradesco BBI estima cerca de R$ 15 bilhões em ofertas de ações no Brasil em 2026, majoritariamente follow-ons, com janela concentrada no primeiro semestre e possibilidade de IPOs na B3 e nos EUA após as eleições. (Imagem; Adobe Stock)
O Bradesco BBI espera que dez ofertas de ações no Brasil movimentem em torno de R$ 15 bilhões. A maioria deve ser follow on, ou seja, subsequente. O volume se assemelha ao alcançado neste ano, que teve nove ofertas e um total de cerca de R$ 15 bilhões.
“Estamos construtivos em ações com o início do ciclo de queda de juros no Brasil“, disse o vice-presidente executivo do Bradesco, responsável pelo banco de atacado, Bruno Boetger, a jornalistas, durante evento do Bradesco BBI, em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo ele, o banco espera que os juros brasileiros comecem a cair no primeiro trimestre de 2026, possivelmente em janeiro. Ao fim de 2026, a Selic deve estar perto dos 12%, afirmou.
Além da queda de juros, as eleições do ano que vem tornam o segundo semestre mais curto para emissões de ações no Brasil, avaliou Boetger. “Devemos ter uma concentração de transações no primeiro semestre”, projetou.
Apesar da secura deofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) de empresas brasileiras, Boetger vê chances de uma abertura de capital na B3 no quarto trimestre de 2026 ou no primeiro trimestre de 2027, passadas a eleição presidencial no País.
O banqueiro de investimento também disse que pode ser que o Brasil emplaque um ou dois IPOs de empresas brasileiras nos Estados Unidos no ano que vem. Dentre os setores de destaque, ele cita tecnologia e fintechs.