A CSN Mineração (CMIN3) é uma subsidiária da CSN (CSNA3). Foto: Adobe Stock
A movimentação de Caixa da CSN Mineração (CMIN3), com o anúncio de proventos, segundo o Citi, serve como suporte adicional à liquidez da CSN no nível da holding. Além disso, o banco destaca que o timing dessa distribuição está relacionado à expectativa de uma nova tributação sobre dividendos no Brasil, prevista para começar em 2026, o que leva as empresas a anteciparem aprovações enquanto ainda estão sob um regime tributário mais favorável.
A mineradora anunciou a distribuição antecipada de R$ 259,7 milhões em dividendos e R$ 163,9 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP), totalizando R$ 423,7 milhões a serem pagos até 31 de dezembro de 2026. A data ex para essa distribuição será em 2 de janeiro de 2026.
Os analistas Gabriel Barra, Stefan Weskott e Pedro Ferreira De Mello calculam que o pagamento implica em um rendimento bruto de aproximadamente 1,4% ou cerca de 1,3% líquido de impostos. O banco acredita que o timing dessa distribuição está relacionado à expectativa de uma nova tributação sobre dividendos no Brasil, prevista para começar em 2026, o que leva as empresas a anteciparem aprovações enquanto ainda estão sob um regime tributário mais favorável.
Apesar dessas ações, o Citi mantém uma posição neutra em relação às ações da CSN Mineração. Essa postura é justificada pela natureza cíclica dos lucros da empresa, que estão atrelados ao minério de ferro, e pelas necessidades contínuas de execução de projetos.
O relatório também destaca que o projeto P15 da CSN ainda está em uma fase inicial de ramp-up (início do processo de produção de uma empresa), o que traz incertezas operacionais em relação à trajetória de volume e à eficiência de custos.
O preço-alvo do Citi para a ação da CSN Mineração (CMIN3) é R$ 6, o que indica potencial valorização de 10,09% frente ao último fechamento do papel (R$ 5,45).