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A indústria de fundos imobiliários encerra 2025 em um novo patamar de robustez e pronta para iniciar um novo ciclo de desenvolvimento em 2026. Segundo o relatório anual de FIIs, produzido pela B3, a classe de ativos permanece com R$ 183 bilhões em valor de mercado e reúne uma base de quase três milhões de investidores, que negociam, em média, R$ 316 milhões por dia.
Os números refletem a sofisticação do setor. Ao longo dos seus 32 anos de existência, a gestão ativa dos fundos imobiliários, com foco na reciclagem de portfólio e qualidade dos inquilinos, demonstrou ao mercado a capacidade da classe de ativos de ser resiliente aos ciclos macroeconômicos. O diferencial atraiu os investidores que buscam, além dos dividendos mensais, valorização patrimonial no longo prazo.
A maior diversidade dos portfólios também contribuiu para o amadurecimento dos investidores, que passou a buscar diferentes estratégias para compor a carteira. Segundo o estudo, a lista dos FIIs mais negociados nos últimos 12 meses reúne produtos de diversos segmentos da classe de ativos, como galpões logísticos, renda urbana, shoppings e fundos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
Veja os FIIs mais negociados nos últimos 12 meses
| FII | Volume diário |
| Capitânia Logística (CPLG11) | R$ 10,3 milhões |
| Maxi Renda (MXRF11) | R$ 9,5 milhões |
| XP Malls FII (XPML11) | R$ 8,9 milhões |
| Capitânia HBC Renda Urbana (CPUR11) | R$ 8,6 milhões |
| CSHG LOGÍSTICA (HGLG11) | R$ 7,6 milhões |
| Fonte: B3 | |
Com a maturidade do setor, os fundos imobiliários iniciam 2026 com a atenção voltada para o capital dos investidores globais. Gestores, consultados pela B3, classificam esse novo momento como ciclo 2.0 da indústria de FIIs, à medida que a classe de ativos conquista estruturas semelhantes aos REITs (Real Estate Investment Trusts, os fundos imobiliários negociados em bolsas estrangeiras).
O Hedge Brasil Shopping (HGBS11) é um deles. Em setembro de 2023, o fundo foi incluído no FTSE Global All Cap Index. O movimentou abriu caminho para outros FIIs tenham o mesmo destino. “À luz dos critérios quantitativos vigentes, diversos fundos já são elegíveis para integrar índices e subíndices replicados por veículos internacionais”, diz Hedge Investments, responsável pela gestão do HGBS11.
O novo momento, contudo, não deve favorecer toda a classe de ativos. Segundo o Patria Investimentos, o mercado passa a favorecer os produtos com escala, eficiência e maior governança. Nesse sentido, a gestora avalia que os fundos com portfólio e patrimônio relavantes tendem a se destacar como os principais vencededores desse processo. “O resultado é inevitável: quem não cresce, será incorporado. Esse processo já começou, com gradual redução do número de fundos a busca por consolidações que maximizem sinergias operacionais de fundos e gestoras”, acrescenta.
Apesar dos avanços, o amplo acesso dos investidores de varejo aos fundos imobiliários também traz novos desafios. Segundo o Clube FII, o processo de tomada de decisão de investimentos ocorre em um ambiente de excesso de informação que torna mais difícil a distinção de conteúdos qualificados com abordagens sensacionalistas. “A informação deixou de ser escassa e passou a ser abundante e muitas vezes, caótica. E, no meio desse ruído, o que volta a ser valioso é justamente o que era raro no início: a confiança”, diz Clube FII.
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