Tela demonstrativa do Messengers Room: 50 usuários simultâneos por videoconferência e operação a partir do Messenger e do Facebook. (Divulgação/ Facebook)
(Rachel Lemann, WP Bloomberg) – O Facebook anunciou, nesta sexta-feira (24), o lançamento de um novo serviço de videoconferência ao vivo, setor alavancado por milhões de pessoas presas em casa em todo o mundo em meio à pandemia de coronavírus. O recurso, chamado Messenger Rooms, permite que os usuários conversem com até 50 pessoas por vez – semelhante ao Zoom, Houseparty e outros serviços de videoconferência que viram seus negócios crescerem nas últimas semanas.
O presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, classificou o movimento como outra maneira de o Facebook manter as pessoas conectadas, em um anúncio transmitido ao vivo. A videoconferência tornou-se uma necessidade durante a pandemia, alternativa de comunicação para as relações de trabalho e familiares. Tornou-se, inclusive, um destino para happy hours e festas de dança.
O Zoom, em particular, foi beneficiado. A empresa de videoconferência disse recentemente que o número de pessoas que participam das chamadas em um único dia aumentou de 10 milhões no final de dezembro para mais de 200 milhões de pessoas agora.
A versão gratuita do Zoom limita as chamadas a 40 minutos até você se inscrever para uma assinatura paga, mas pode acomodar 100 pessoas. O Messenger Rooms do Facebook é, de certa forma, mais limitado – ele deve ser iniciado no Facebook ou Messenger, embora outras pessoas que ingressam não precisem ter uma conta no Facebook. E é limitado a um total de 50 pessoas. Mas a empresa disse que o Messenger Rooms será gratuito e não terá limite de tempo.
O novo recurso do Facebook também permite que os usuários entrem e saiam da maneira que desejarem – embora dê para restringir quem tem acesso aos ambientes -, bem como o recém-popular aplicativo Houseparty.
O Facebook tem uma vantagem no jogo de streaming de vídeo, por já trazer mais de 2 bilhões de usuários embutidos. Mas também carrega os problemas recentes pela disseminação de fakenews na plataforma e controvérsias sobre privacidade, corroendo a confiança das pessoas no serviço. A companhia diz que não vai “ver ou ouvir” as vídeo chamadas.
Vídeo no WhatsApp vai acomodar até 8 pessoas
O WhatsApp, um serviço de mensagens de propriedade do Facebook, será expandido para permitir oito pessoas em cada chamada, acima das atuais quatro.
O Facebook disse que 700 milhões de pessoas estão conversando diariamente em vídeo chamadas no Messenger e no WhatsApp.