

Os últimos dias têm sido agitados para os atletas brasileiros nas Olimpíada de Tóquio. No último final de semana, o skatista Kevin Hoefler ganhou a primeira medalha do Brasil, uma prata conquistada no skate street.
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Os últimos dias têm sido agitados para os atletas brasileiros nas Olimpíada de Tóquio. No último final de semana, o skatista Kevin Hoefler ganhou a primeira medalha do Brasil, uma prata conquistada no skate street.
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Além de Hoefer, a atleta Rayssa Leal, conhecida como “Fadinha”, também levou a prata na categoria feminina do skate street. Aos 13 anos, ela se tornou a brasileira mais jovem a conquistar o pódio em uma Olimpíada. Outro grande destaque foi Ítalo Ferreira, que levou a medalha de ouro no surf.
Segundo informações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), os atletas receberão uma premiação em dinheiro de acordo com as medalhas obtidas. Quem ganhar a medalha de ouro em um esporte individual, por exemplo, receberá um valor equivalente a R$ 250 mil. A medalha de prata garante a premiação de R$ 150 mil e R$ 100 mil pelo bronze.
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Convidamos um planejador e um educador financeiro para descobrir como uma pessoa pode investir para conseguir obter valores correspondentes às premiações.
Para os cálculos, consideramos que o investidor tem uma renda mensal de R$ 3,1 mil, valor pago pelo governo brasileiro através do programa Bolsa Atleta. Além disso, a metodologia projeta um investimento mensal de R$ 500, após o pagamento de todas as contas fixas do mês.
Segundo Leandro Benincá, educador financeiro da comunidade Um a Menos na Poupança, utilizando a acumulação simples, ou seja, somente guardando R$ 500 por mês sem investir, a pessoa demora:
Para Benincá, o problema de seguir por esse caminho é que a inflação vai diluir o poder de compra do dinheiro ao longo dos anos. “Os R$ 100 mil de 2037, daqui a 16 anos, não comprarão as mesmas coisas que os R$ 100 mil de hoje”, explica o educador.
Para maximizar os retornos e não perder para a inflação é preciso contar com a ajuda dos juros compostos, e assim aumentar o patrimônio aos poucos.
Para fazer esse cálculo, o especialista considerou que o atleta-investidor terá uma rentabilidade bruta de 8% ao ano. Vale lembrar que são apenas estimativas e que manter uma rentabilidade cravada por um longo período de tempo não é tarefa fácil.
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Segundo Benincá, uma rentabilidade de 8% ao ano é a média de uma carteira equilibrada. “Um exemplo é o Ibovespa, que representa a média do mercado de ações. Nos últimos 30 anos, o índice entregou retornos de 10% a 11% ao ano, mas é uma estratégia mais agressiva. Se você moderar um pouco mais e misturar com renda fixa, fica com uma carteira equilibrada bem para o lado moderado da força”, diz.
Para conseguir os R$ 100 mil da medalha de bronze, o investidor precisaria investir R$ 500 mensais por 129 meses, durante cerca de 10 anos. Ou seja, 35,5% menos tempo do que só com acumulação simples.
Para os ganhos equivalentes da medalha de prata, Flavio Pretti, planejador financeiro CFP pela Planejar, ponderou uma rentabilidade bem mais conservadora, de 2% ao ano. Segundo suas estimativas, o atleta-investidor levaria cerca de 20 anos para atingir os R$ 150 mil, mais precisamente, 243 meses.
Já com a rentabilidade de 8% utilizada por Benincá, o prazo para se obter os R$ 150 mil se encurta para 167 meses, cerca de 14 anos -aproximadamente 44,33% menos tempo do que com a acumulação simples.
No caso da medalha de ouro, aportando seus R$ 500 mensais e com uma rentabilidade anual de 8% ao ano, o investidor levaria 224 meses para acumular o patrimônio de R$ 250 mil. Na prática, o investimento levaria cerca de 18 anos para se concretizar, cerca de 55,2% a menos do que seria necessário com a acumulação simples.
Um ponto interessante das contas é que é possível perceber que, sem os juros compostos, fica muito difícil conseguir alcançar os objetivos.
Até agora, o Brasil já soma sete medalhas nos jogos olímpicos de Tóquio, sendo uma de ouro, três de prata e três de bronze. O País está na décima nona (19ª) posição do quadro de medalhas.
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Para a produção das medalhas, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio coletou pequenos dispositivos eletrônicos, como telefones celulares de todo o Japão, e utilizou metais reciclados para a fabricação de cada uma delas.
“Aproximadamente 5 mil medalhas foram produzidas a partir de pequenos dispositivos eletrônicos contribuídos por pessoas de todo o Japão. Esperamos que nosso projeto de reciclar pequenos produtos de consumo e nossos esforços para contribuir para uma sociedade ecologicamente correta e sustentável se tornem um legado dos Jogos de Tóquio em 2020”, disse o Comitê Organizador dos Jogos, em nota.
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