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Colunista

Quatro anos de Open Finance no Brasil: o que esperar para o futuro?

Pessoas passaram a confiar mais no sistema que já possui cerca de 40 milhões de brasileiros ativos

Mercado financeiro (Foto: Adobe Stock)
Mercado financeiro (Foto: Adobe Stock)

Neste mês de fevereiro, o Open Finance completa quatro anos desde que foi implementado no Brasil e os resultados têm sido muito promissores. Cerca de 40 milhões de brasileiros estão ativos no sistema, número que representa um crescimento de 50% no consentimento para o compartilhamento de dados entre instituições financeiras, segundo o site Open Finance Brasil. Observo esses números com muito otimismo porque reforçam que as pessoas têm visto cada vez mais valor no Open Finance e passaram a confiar mais nesse sistema.

Acredito que essa confiança ocorre porque as pessoas anseiam cada vez mais por  soluções e serviços personalizados e que entreguem experiências diferenciadas e inovadoras. Nesse sentido, o compartilhamento de dados entre instituições financeiras permite que o seu banco tenha um retrato fiel da sua situação financeira e possa te oferecer um produto que esteja conectado ao seu momento, como uma oferta de crédito, um consórcio, um seguro de vida, entre outras possibilidades. O que vejo como mais relevante nessa equação é que as oportunidades criadas pelo Open Finance trazem ganhos importantes, como mais agilidade e efetividade para o dia a dia do seu usuário.

O sucesso do Open Finance só foi possível porque os principais bancos e instituições financeiras acreditaram e investiram no projeto. Outro fator importante que contribuiu para o crescimento no número de usuários do Open Finance foi a resolução publicada em 2024 pelo Banco Central que obriga instituições com mais de 5 milhões de clientes a integrar o sistema, o que amplia o leque de possibilidades, já que empresas que atuam no varejo passam a fazer parte desse universo.

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Diante deste cenário de crescimento contínuo, acredito que em 2025 os principais avanços do Open Finance devem ocorrer na seara da segurança, com maior controle e governança no uso de dados dos usuários, além da portabilidade de crédito. Outra iniciativa importante que deve ser implementada neste ano é a Jornada Sem Redirecionamento (JSR) na iniciação de pagamentos a fim de permitir pagamentos mais ágeis em plataformas de e-commerce.

Com uma agenda voltada essencialmente para a inovação do setor financeiro, acredito que os investimentos feitos pelo Banco Central vão se traduzir em uma maior digitalização do setor e uma nova era de transformação da experiência do cliente. O Open Finance pavimentou o caminho para que novas tecnologias ganhassem protagonismo e impacto no dia a dia dos brasileiros, como o Pix, que se tornou um case de sucesso absoluto e que deve ter de novas modalidades, como o Pix por Aproximação e o Pix Automático, totalmente implementados até o primeiro semestre deste ano.

Claro que ainda existem muitos desafios no horizonte do Open Finance, mas acredito que o aumento da adesão aliado às mudanças que o Banco Central está implementando transformarão o setor financeiro, que será cada vez mais digital e conectado.

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