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Colunista

Os 4 estágios dos ciclos econômicos e os investimentos para cada um deles

Esse mercado tem sido impulsionado pela demanda dos investidores e pela evolução do ambiente regulatório

(Foto: M Einero/peopleimages.com em Adobe Stock)
(Foto: M Einero/peopleimages.com em Adobe Stock)

O mercado de investimentos no Brasil tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos impulsionado pela maior demanda dos investidores e pela evolução do ambiente regulatório. Nesse contexto, é fundamental que os investidores compreendam a importância de ajustar suas estratégias de investimento de acordo com os estágios dos ciclos econômicos.

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Os ciclos são fenômenos naturais que ocorrem em todas as economias, caracterizados por flutuações na atividade econômica em longo prazo. Esses ciclos são compostos por quatro estágios principais: expansão, boom, contração e recessão. Cada um desses estágios apresenta características específicas que afetam diferentes classes de ativos e requerem uma readequação na alocação de recursos.

No estágio de expansão, a economia está em fase de crescimento, com aumento na produção de bens e serviços. Nesse período, as taxas de juros tendem a ser baixas, estimulando o investimento e o consumo. Para os investidores, esse estágio pode ser favorável para alocar recursos em ativos de risco, como ações fundos de investimentos imobiliários (FIIs), que tendem a se beneficiar do crescimento econômico.

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No entanto, à medida que a economia atinge o pico do ciclo, no estágio de boom, é necessário adotar uma postura mais cautelosa. Assim, a produção de bens e serviços atinge seu ponto máximo neste estágio e a demanda pode exceder a oferta, levando ao aumento da inflação. Para proteger o capital, os investidores podem considerar a diversificação de suas carteiras, incluindo ativos mais defensivos, como títulos públicos de baixo risco indexados à Selic e à inflação.

Após o boom, a economia entra em um período de contração, caracterizado pela diminuição da atividade econômica e pelo aumento do desemprego. Com a alta da taxa de juros e o “enxugamento” de dinheiro no mercado, empresas reduzem seus níveis de investimentos e reduzem preços de mercadorias e serviços, buscando ganhar competitividade. Nesse estágio, é crucial adotar uma abordagem de  preservação do capital. Os investidores podem buscar ativos mais seguros, como títulos de renda fixa de curto prazo e fundos de crédito privado de baixo risco.

Por fim, a economia atinge o estágio de recessão, que representa o ponto mais fraco do ciclo econômico. Nesta fase, o desemprego se torna alto, a capacidade ociosa atinge nível significativo e as taxas de juros podem estar elevadas. Com a redução mais acentuada no consumo, a inflação inicia sua trajetória de queda, possibilitando a redução da taxa de juros e, consequentemente, aquecendo novamente a economia. Para enfrentar esse cenário desafiador, os investidores podem buscar ativos que se beneficiem da redução das taxas de juros no futuro, como títulos de renda fixa do governo indexados à inflação.

Duração dos ciclos econômicos

É importante ressaltar que a duração de cada estágio dos ciclos econômicos não é previsível e a transição de um para outro pode ser influenciada por uma série de fatores, como políticas governamentais e choques externos. Portanto, investidores precisam acompanhar de perto os indicadores econômicos e reavaliar regularmente suas estratégias de investimento.

Em resumo, os ciclos econômicos são uma realidade inerente à economia mundial e os investidores devem estar preparados para ajustar suas estratégias de acordo com os estágios desses ciclos. A compreensão dos efeitos de cada estágio nos diferentes ativos se coloca como fator fundamental para otimizar a alocação de recursos e alcançar os objetivos financeiros de longo prazo.

Daniel Mazza, especialista em Gestão Patrimonial Familiar e cofundador da MZM Wealth

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