- O mercado de Venture Capital deve ser entendido como capital de risco
- Esse tipo de mercado no Brasil é composto, principalmente, por investidores institucionais
- O percentual de alocação em VC nos portfólios dos investidores brasileiros varia de acordo com o perfil de risco, o horizonte de investimento e o objetivo de cada um
O mercado de Venture Capital (VC) vem chamando cada vez mais atenção ao longo do tempo, ao passo que se tornou corriqueiro acessarmos um site sobre investimentos e encontrar histórias de investidores que multiplicaram seu capital dezenas ou até mesmo centenas de vezes nessa modalidade. No entanto, o mercado de VC também possui particularidades e pontos de atenção que devemos considerar antes de investir.
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Como o nome sugere, esse tipo de investimento deve ser entendido como capital de risco e é uma modalidade que visa apoiar empresas em sua fase inicial ou de crescimento, apresentando um alto risco para um portfólio, mas que ao mesmo tempo pode alcançar grandes retornos. Mas qual é o perfil de quem deve investir em Venture Capital?
Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), em parceria com a KPMG, o mercado de VC no Brasil é composto, principalmente, por investidores institucionais, ou seja, fundos de pensão, family offices, fundações e instituições financeiras. Esses investidores representam cerca de 70% do capital comprometido com o segmento no País, mas não quer dizer que outros tipos de investidores – incluindo pessoas físicas, corporações, fundos soberanos e fundos de fundos – não tenham a sua participação direta ou indireta.
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O porcentual de alocação em VC nos portfólios dos investidores brasileiros varia de acordo com o perfil de risco, o horizonte de investimento e o objetivo de cada um. De forma geral, esse produto está mais adequado para investidores com perfil agressivo, que buscam por oportunidades de alto retorno, mas que também estão dispostos a assumir os riscos inerentes a esse tipo de investimento.
No caso das pessoas físicas, esse porcentual pode variar de 1% a 5% do portfólio com foco em ativos que contam com gestão profissional, como Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) e companhias de participações, sempre prezando pela diversificação de projetos, setores e regiões e ajustando cada portfólio ao risco projetado do investidor.
Perfil de quem investe em VC
Fundos de Investimento são os principais veículos para os investidores terem acesso ao Venture Capital. Segundo números da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos foram responsáveis por 77% da alocação do mercado de FIPs até julho de 2023.
O panorama do setor de Venture Capital no Brasil é bastante promissor. De acordo com análise da TTR Data, apresentada pela ABVCAP, a indústria de Private Equity e Venture Capital no Brasil cresceu de forma significativa, movimentando R$ 3,64 bilhões entre julho e agosto deste ano.
O brasileiro que investe em Venture Capital busca por oportunidades de alto retorno, mas também está disposto a assumir os riscos inerentes a esse tipo de investimento, sabendo separar a parcela de seu capital que pode passar por esse tipo de risco. Fundos de Venture Capital têm espaço e fundamentos para fazer parte dos portfólios de quase todos os investidores, desde que seja incluído de forma correta, alinhando expectativas e riscos.
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