• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Você conhece o Santo Graal dos investimentos?

No mercado brasileiro, a ideia da diversificação ainda é pouco aplicada em sua inteira magnitude

Por Daniel Haddad, CIO da Avenue

01/08/2023 | 15:06 Atualização: 03/08/2023 | 10:42

Receba esta Coluna no seu e-mail
Investimentos (Foto: Freepik)
Investimentos (Foto: Freepik)

Em junho, perdemos o economista Harry M. Markowitz, um dos ganhadores do Nobel de Economia de 1990 e pai da Moderna Teoria do Portfólio com a publicação do paper Portfolio Selection em 1952, que mudou para sempre a indústria de investimento no mundo.

Leia mais:
  • Como juntar R$ 20 mil em um ano? Especialistas dão o caminho
  • O corte de juros vem aí: hora de rever a carteira de investimentos?
  • Tesouro Educa+: confira tudo o que você precisa saber sobre o novo título
Cotações
06/12/2025 20h49 (delay 15min)
Câmbio
06/12/2025 20h49 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Seu trabalho popularizou o conceito de risco e retorno de um portfólio, dando luz à importância da diversificação e tirando o foco da performance individual de ativos.

O tema foi tão pioneiro na época que, ao defender sua dissertação de PhD em Economia utilizando a mesma teoria, Markowitz não percebeu a brincadeira de Milton Friedman, que alegou que a faculdade de Chicago não poderia dar-lhe o diploma: “Eu li sua dissertação. Não vejo defeitos nela, mas esta não é uma dissertação em economia, e não podemos lhe dar um PhD em economia para uma dissertação que não é economia”.

Publicidade

A tese de que “o único almoço grátis que existe em investimentos é a diversificação” ganhou notoriedade, mudando fundamentalmente a forma como as pessoas poupam dinheiro ao redor do globo. Em resumo, a adição de ativos descorrelacionados a uma carteira pode reduzir o risco sem impactar o retorno esperado dela. Apesar de ser um divisor de águas e ter mais de 70 anos, investidores no Brasil parecem ignorar as mensagens-chave do estudo.

Santo Graal dos Investimentos

Ray Dalio, gestor da Bridgewater, um dos maiores hedge funds do mundo, afirma que a diversificação é o Santo Graal em investimentos. Em seu livro “Princípios: Vida e Trabalho”, ele apresenta um gráfico contendo diversos portfólios formados por ativos com diferentes graus de correlação e a conclusão salta aos olhos: quanto mais descorrelacionados, menos ativos são necessários para reduzir o risco total de uma carteira, maior a redução de risco atingida e, além disso, maior o retorno ajustado por risco daquele portfólio.

Em suma: quanto mais descorrelacionados os ativos, mais eficiente a carteira fica. Dalio, um dos grandes promotores do conceito no mercado de gestão de ativos, argumenta que a figura deve ter lhe causado o mesmo impacto que Einstein teve ao descobrir a teoria da relatividade.

Apesar do conceito ser relativamente simples, percebemos na realidade brasileira que a ideia da diversificação ainda é pouco aplicada em sua inteira magnitude. É notável que aprendemos a investir melhor nos últimos anos, quando passamos a incluir outras classes de ativos a um portfólio, até então, formado primordialmente por imóvel e poupança.

Publicidade

No entanto, quase a totalidade dos investidores brasileiros utiliza apenas ativos domésticos na composição de suas carteiras, tendo a falsa sensação de uma diversificação adequada.

Correlação elevada entre ativos brasileiros

Ao calcularmos a correlação entre os principais índices de diferentes classes no mercado brasileiro, incluindo renda fixa, ações e multimercado, a conclusão é a mesma, independente do período utilizado: a relação estatística entre eles é alta, ou seja, tendem a se comportar de maneira parecida, performando em direções semelhantes.

A razão para isso é simples e intuitiva: ativos dentro de um país estão expostos a riscos semelhantes. Sob esse aspecto, percebe-se um fator ainda mais preocupante: os ativos tendem a andar ainda mais alinhados em momentos de maior percepção de risco país, refletido numa correlação convergindo a 1.

Em bom português, em períodos de grave crise doméstica, os números mostram que, em geral, todas as diferentes classes de ativos locais caem. Ou seja, o investidor deixa de aproveitar o benefício da diversificação exatamente quando mais precisava dela.

A tabela abaixo mostra bem essa correlação. Vemos que fundos multimercados têm uma correlação bastante próxima do Ibovespa, o principal índice da bolsa de São Paulo, e até mesmo da renda fixa. Ou seja: se um investidor tentou se proteger investindo um pouco em ações, um tanto em multimercados e instrumentos de renda fixa, essa diversificação foi bastante baixa.

Publicidade

Já quando comparamos os ativos brasileiros com US Bonds e o S&P500, vemos que a correlação avança para um território negativo. Além de serem classes de ativos diferentes, também têm outro risco.

Aliás, ao compararmos US Bonds e S&P 500, percebemos que a renda fixa e a variável EUA são muito menos correlacionados entre si do que os similares brasileiros.

A adição de uma parcela estrutural da alocação em investimentos internacionais deve ser permanente e independente da situação do país, em função dos diversos benefícios que traz. Ao investir fora, você amplia suas opções de investimentos, saindo de um universo de cerca de 400 empresas abertas no Brasil para dezenas de milhares no mundo, e em diferentes estágios de vida, desde startups e pequenas a empresas maduras e altamente capitalizadas.

Além disso, o acesso ao mercado externo possibilita investir em setores que não encontramos em nosso país, como gaming, inteligência artificial, biotecnologia, dentre outros. Adicionalmente, investir lá fora significa ter acesso a instrumentos diversos não encontrados localmente, como títulos de dívida de países e empresas ao redor do planeta emitidos em dólar, por exemplo.

Os benefícios não param por aí. Investir em países em diferentes estágios e ciclos econômicos aprimora ainda mais a diversificação e a resiliência do portfólio. A diminuição do risco de fronteira acaba blindando o investidor de eventos de cauda.

A descorrelação dos retornos ao meio ambiente doméstico protege a carteira em momentos de crise local, diminuindo as magnitudes das quedas, ajudando a pessoa a permanecer investida, obter retornos consistentes, resiliente às diferentes maneiras pelo qual o Brasil possa se comportar.

Por fim, momentos de aversão a risco tendem a gerar saída de capital estrangeiro do país, desvalorizando a moeda local frente ao dólar, por exemplo, potencializando o retorno da parcela internacional da carteira, equilibrando ainda mais o portfólio do investidor.

Diversificação em outros mercados

 Na busca por esse equilíbrio, podemos aprender com países ao redor do planeta, onde uma boa parcela do investimento do poupador é composta por ativos internacionais.

Segundo um estudo da Charles Schwab, por exemplo, cerca de 25% da carteira de um americano é investida em ativos fora daquele país. O mesmo comportamento acontece com Chile, Canadá, Alemanha, Japão, onde o percentual investido fora é de 50%, 51%, 63%, 31% respectivamente.

Em geral, em países com economia aberta, a parcela de investimento internacional varia de 25% a 60%, a depender do tamanho do país, do nível de liberdade econômica, do perfil de consumo da população, dentre outros fatores.

O Brasil aparece no lado oposto. Apesar de representar cerca de 2% do mercado financeiro global quase 100% das pessoas investem apenas localmente, negligenciando os 98% restantes de produtos financeiros disponíveis.

O brasileiro já é global na hora de consumir diferentes produtos, de moda a alimentação. A conexão financeira, até então, era a exceção. Felizmente, obter diversificação financeira global nunca foi tão fácil ou tão barato. A inclusão de um componente internacional, estrutural e atemporal representa o último ingrediente que faltava na busca do brasileiro pelo verdadeiro e completo almoço grátis.

*Formado em Engenharia de Produção pela PUC-Rio, pós-graduado em Finanças pelo IBMEC-Rio e com MBA (with distinction) pela NYU Stern. Iniciou sua carreira profissional em 2006, na Suzano Petroquímica, e em 2008 ingressou no Grupo EBX, onde atuou na área de relações com investidores e M&A. Em 2013 se mudou para os Estados Unidos e, em 2015, ingressou na Victori Capital, onde foi sócio e um dos responsáveis pela gestão de ações até junho de 2021. Se juntou ao time da Avenue em 2021.

Publicidade

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • carteira de investimentos
  • Conteúdo E-Investidor
  • dinheiro
  • Diversificação
  • Investimentos
  • mercado internacional

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Por que Warren Buffett parou de presentear sua família com US$ 10 mil em dinheiro vivo no Natal?

  • 2

    Melhores salas VIP do Brasil 2025: onde ficam, como acessar e quais valem mais para as viagens de fim de ano

  • 3

    Brasileiros dizem saber de finanças, mas 3 em cada 4 erram o básico, mostra pesquisa; entenda o efeito Dunning-Kruger

  • 4

    Ibovespa hoje bate 3º recorde de fechamento seguido e supera os 164 mil pontos

  • 5

    Ibovespa hoje tomba e tem maior queda desde fevereiro de 2021 com possibilidade de Flávio Bolsonaro como candidato em 2026

Publicidade

Quer ler as Colunas de Espaço do Especialista em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Como consultar o número do PIS/PASEP pelo Meu INSS
Logo E-Investidor
Como consultar o número do PIS/PASEP pelo Meu INSS
Imagem principal sobre o Dispensa do IPVA: como funciona?
Logo E-Investidor
Dispensa do IPVA: como funciona?
Imagem principal sobre o Resultado da Lotofácil: NOVO HORÁRIO; veja quando saem números do concurso 3555 hoje (05)
Logo E-Investidor
Resultado da Lotofácil: NOVO HORÁRIO; veja quando saem números do concurso 3555 hoje (05)
Imagem principal sobre o FGTS: veja contribuição exigida para usá-lo no financiamento de imóveis até R$ 2,25 milhões
Logo E-Investidor
FGTS: veja contribuição exigida para usá-lo no financiamento de imóveis até R$ 2,25 milhões
Imagem principal sobre o Conta de luz mais barata em dezembro de 2025: quanto será economizado?
Logo E-Investidor
Conta de luz mais barata em dezembro de 2025: quanto será economizado?
Imagem principal sobre o Como consultar o número do PIS/PASEP pelo Telefone da Previdência Social
Logo E-Investidor
Como consultar o número do PIS/PASEP pelo Telefone da Previdência Social
Imagem principal sobre o Como é feito o cálculo do IPVA?
Logo E-Investidor
Como é feito o cálculo do IPVA?
Imagem principal sobre o 13º salário do INSS: qual número final do cartão previdenciário recebe hoje (05)?
Logo E-Investidor
13º salário do INSS: qual número final do cartão previdenciário recebe hoje (05)?
Últimas: Colunas
O novo capítulo do mercado cripto no Brasil: o que a regulação muda na prática
Fabricio Tota
O novo capítulo do mercado cripto no Brasil: o que a regulação muda na prática

Resoluções BCB 519, 520 e 521 elevam padrões de segurança, governança e transparência para investidores e plataformas

05/12/2025 | 14h02 | Por Fabricio Tota
Quanto custa comer no Kinoshita, um dos omakases mais versáteis de São Paulo?
Quanto custa?
Quanto custa comer no Kinoshita, um dos omakases mais versáteis de São Paulo?

Omakase com variedade rara de opções, do almoço acessível às harmonizações de luxo

04/12/2025 | 17h15 | Por Quanto custa?
IBGE fala que a renda do País só aumenta, mas então como o consumo cai?
Fabrizio Gueratto
IBGE fala que a renda do País só aumenta, mas então como o consumo cai?

Quando uma família reduz o peso das contas que vencem amanhã, ela desbloqueia a capacidade de pensar em períodos de tempo maiores: e esse é o primeiro passo para investir

04/12/2025 | 16h11 | Por Fabrizio Gueratto
Investimentos no exterior: diversificando além dos EUA
William Eid
Investimentos no exterior: diversificando além dos EUA

A perda de força do dólar e a força das gigantes europeias expõem um erro comum do investidor brasileiro: achar que investir no exterior é sinônimo de Wall Street

04/12/2025 | 14h47 | Por William Eid

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador