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- Segundo especialistas ouvidos pelo E-Investidor, este parece ser um bom momento para fazer essas ligeiras alterações na carteira de inveestimentos
- Isso porque, depois de um ano estacionada em 13,75% ao ano, a taxa básica de juros do País vai finalmente ser ajustada para baixo
- Ainda que a renda fixa vá permanecer atrativa, corretoras já estão recomendando um grau a mais de risco nos portfólios
Que o investimento no mercado financeiro é, em sua maioria, de longo prazo, muitos investidores já estão cansados de saber. Mas isso não significa que não seja necessário fazer pequenas mudanças na carteira de tempos em tempos. É o que o mercado chama de rebalanceamento, uma avaliação para entender se o risco ou potencial dos ativos investidos mudou, e se vale a pena mantê-los em determinada conjuntura macroeconômica.
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Segundo especialistas ouvidos pelo E-Investidor, este parece ser um bom momento para fazer essas ligeiras alterações. Isso porque, depois de um ano estacionada em 13,75% ao ano, a taxa básica de juros do País vai finalmente ser ajustada para baixo.
Ao menos essa é a expectativa unânime do mercado para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta terça (1) e quarta-feira (2).
Ainda que os juros caiam, a renda fixa, que figuraram como as queridinhas dos investidores no último ano, não vai perder destaque. A projeção do Boletim Focus é que a Selic encerre 2023 em 12%, até cair para 9,5% ao fim de 2024.
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“Teremos um ano de notícias de queda de juros pela frente. Mas a renda fixa não vai deixar de ser atrativa, o retorno só vai se normalizar”, diz Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora Investimentos.
Mas investidores não devem fechar os olhos para a renda variável. Como mostramos nesta reportagem, mesmo durante o pico dos juros, foi um índice de ações quem melhor performou nos últimos 12 meses. O que aconteceu foi que, quando o mercado começou a precificar juros menores, setores da Bolsa que haviam apanhado muito no aperto monetário começaram a ensaiar uma recuperação.
O próprio Ibovespa deu um salto de 25% desde abril, quando a possibilidade de um corte na Selic no segundo semestre de 2023 começou a ser ventilada entre economistas, analistas e gestores.
“Em ciclos de baixa de juros, o Ibovespa supera o CDI. E nem começamos os cortes ainda”, destaca André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos. “Isso reforça a diversificação e o posicionamento na classe de renda variável, destacando o mercado de ações e fundos imobiliários.”
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Se o Banco Central confirmar a expectativa e realmente reduzir os juros na quarta-feira, a tendência é que corretoras, bancos e casas de investimentos façam um rebalanceamento de suas carteiras e nas suas recomendações para se adaptar ao novo cenário. Nesta reportagem, adiantamos quais eram os primeiros movimentos que começavam a ser feitos nas carteiras.
A direção? Um degrau acima no risco, aumentando a parcela daquelas classes de ativos de renda fixa e variável que foram penalizadas quando a Selic subiu e agora devem voltar a ganhar protagonismo.
“O cliente com perfil um pouco mais arrojado começa a ficar desconfortável, por mais que a renda fixa ainda continue pagando dois dígitos no ano”, destaca. “Ele vê o Ibovespa subindo 11%, alguns fundos subindo 15%, 20%, e sente que perdeu uma oportunidade.”