- Antes de pensar em aplicar a restituição do Imposto de Renda, é fundamental que os contribuintes se certifiquem de que terão direito a ela
- Recomenda-se que o planejamento de onde aplicar a restituição tenha início apenas depois que o contribuinte a receba
- As opções envolvem quitar dívidas ou fazer uma aplicação de acordo com o perfil do investidor
Como aplicar a restituição do Imposto de Renda 2023? Esta é uma dúvida muito comum, que costuma surgir no momento em que a pessoa finaliza a sua declaração do Imposto de Renda e verifica que receberá uma restituição.
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Em um ano com inflação e juros altos, com grande comprometimento da renda das famílias e com complicadores políticos e econômicos, como 2023, é preciso aproveitar todas as oportunidades possíveis para quitar as dívidas pendentes e tentar equilibrar as finanças pessoais.
Antes de pensar em aplicar a restituição, contudo, é fundamental que os contribuintes se certifiquem de que terão direito a ela. É importante consultar o processamento da declaração no site da Receita Federal do Brasil (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br) e confirmar que não há nenhuma pendência de processamento que requeira a retificação da declaração. Ou que o contribuinte entre em contato com fontes pagadoras e prestadores de serviços para que eles retifiquem alguma informação prestada ao Órgão Federal.
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Recomenda-se que o planejamento de onde aplicar a restituição apurada em 2023 tenha início apenas depois que o contribuinte receba o dinheiro de fato.
Ao receber a restituição do Imposto de Renda deste ano, o ideal é que os contribuintes utilizem este dinheiro para quitar suas dívidas. Preferencialmente aquelas cujos juros são mais elevados, como os débitos com cartões de crédito, cheque especial e financiamentos, cuja quitação tende a se tornar cada vez mais difícil com o passar dos meses. Isso porque a inflação tende a persistir durante todo o segundo semestre e a taxa Selic deve cair a passos muito lentos, chegando com sorte a ser reduzida a 11% ou 10% em dezembro.
Por outro lado, as pessoas que estão com uma situação econômica mais equilibrada têm agora a oportunidade de aplicar este dinheiro e de obter um rendimento razoável. A aplicação dos recursos dependerá do perfil de cada contribuinte e de quanto essa pessoa já possui de recursos em cada modalidade de investimento.
Para aquelas pessoas que estão começando a investir agora e ainda não possuem a sua reserva de emergência, o conselho é que inicialmente façam a sua reserva de emergência em investimentos com boa liquidez e baixo risco. Esse investimento é fundamental para que elas estejam preparadas para imprevistos que possam surgir e para aproveitar oportunidades. Para a reserva de emergência, atualmente existem alguns bancos e corretoras que oferecem “fundos taxa zero”, que são fundos de investimento sem taxa de administração e cuja rentabilidade está atrelada ao CDI.
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Por sua vez, para os investidores cuja reserva de emergência já esteja constituída e que sejam mais arrojados, há boas oportunidades de investimentos em títulos privados e na bolsa de valores. Para os investidores conservadores, é aconselhável optar por investimentos igualmente conservadores e com renda garantida, como os títulos do tesouro nacional e fundos com remuneração atrelada ao CDI, que estão pagando taxas por volta de 13,75%.