Falando de dinheiro

CEO da Atom Educacional e sócia fundadora do Instituto Êxito. Está há mais de 11 anos atuando no mercado financeiro. Desde sua primeira operação, até hoje seu foco sempre foi no day trade. Carol é uma das poucas mulheres que se arriscaram nessa profissão e vem encorajando centenas de mulheres a começar a investir na bolsa de valores. Desde 2020 faz parte do elenco do game show Shark Tank Brasil.

Carol Paiffer

Inteligência artificial e mercado financeiro: será o fim dos traders?

Nenhuma máquina é capaz de substituir um ser humano, mas pode facilitar, e muito, a nossa vida

(Foto: Envato Elements)
  • Caso recente com o ChatGPT nos faz questionar até onde a inteligência artificial pode chegar e roubar as funções de seres humanos
  • As máquinas vêm para complementar nosso trabalho, mas elas não são dotadas de sentimentos e capacidade de compreender o próximo
  • Traders e gestores humanos nunca deixarão de existir, pois o mercado financeiro não se limita a números e dados

Com o recente caso do juiz da Colômbia que usou o ChatGPT para redigir sentença em caso de criança autista, diversas pessoas de todas as áreas se perguntaram quando chegará a sua vez de ser substituído pela inteligência artificial, e no mercado financeiro, não é diferente. Chegamos ao fim da era de traders e gestores humanos?

Antes de qualquer conclusão, é importante entender essa nova tecnologia.

O que significa inteligência artificial?

A inteligência artificial (IA), nada mais é que sistemas ou máquinas que se aprimoram de forma interativa, ou seja, quanto mais dados coletam, mais ‘inteligentes’ ficam por meio da adaptação ao ambiente que estão.

A construção da evolução desses sistemas é com base em fatos que já aconteceram, como as análises que fazemos no gráfico ao operar na Bolsa de valores.

Sabemos o que aconteceu. Não o que acontecerá.

“Nenhum homem é melhor do que a máquina. Nenhuma máquina é melhor que um homem com uma máquina”.

Recentemente, no podcast que eu fiz com Fernando Roxo, conversamos sobre como a tecnologia vem para ajudar, mas não para prever o mercado, pois a mente por trás da IA é humana.

Quando falamos, por exemplo, do copy trading com robôs operacionais, quem programou o robô e apertou o botão do que ele deve fazer foi um ser humano.

Você acha mesmo que a inteligência artificial poderá substituir traders? Substituir gestores?

Eles são apenas máquinas que respondem a estímulos, mas não podem pensar e sentir como nós.

Eu acredito e gosto muito de investir no setor de tecnologia. A inteligência artificial é só mais um meio de otimizar tempo e serviços e não uma substituição de força de trabalho.

Nenhuma máquina substitui um ser humano.

Exemplos inteligência artificial no mercado financeiro

O exemplo mais conhecido, são os próprios robôs traders, que nasceram para facilitar a vida das pessoas que querem investir, querem ter uma renda extra, mas dispõem de pouco tempo para estudar ou acompanhar o mercado.

Obviamente, a escolha do robô é complementar com o conhecimento que a pessoa tem sobre o mercado financeiro.

Além disso, os sistemas de acesso por digitais, reconhecimento facial ou de voz que utilizamos nos nossos aplicativos do banco e o próprio internet banking são exemplos de IA.

São recursos que facilitam o nosso cotidiano e que, de quebra, reduziram o custo de várias instituições e que cada vez mais, vão melhorar e tornar o atendimento eficiente, rápido e prático.

Repito: nenhuma máquina é capaz de substituir um humano. Elas não sentem. Não podem ser empáticas, não compreendem dor ou crises.

Não é o fim dos traders. Na realidade, é o melhor momento para aprender, já que as bolhas têm grande participação dos robôs e, quando elas acontecem, surgem as oportunidades mais atrativas de ganhar dinheiro na Bolsa.

Não tenha medo das máquinas! Veja a inteligência artificial como aliada para seus investimentos ou empreendimento.