Falando de dinheiro

CEO da Atom Educacional e sócia fundadora do Instituto Êxito. Está há mais de 11 anos atuando no mercado financeiro. Desde sua primeira operação, até hoje seu foco sempre foi no day trade. Carol é uma das poucas mulheres que se arriscaram nessa profissão e vem encorajando centenas de mulheres a começar a investir na bolsa de valores. Desde 2020 faz parte do elenco do game show Shark Tank Brasil.

Carol Paiffer

Mulheres e o mercado financeiro: a necessidade de democratizar e equilibrar esse cenário

Elas costumam ser detalhistas, trabalham muito bem a paciência e se mostram bem organizadas para executar os planejamentos

(Foto: Envato Elements)
  • O mercado financeiro é também para as mulheres. É possível, cada vez mais, fazer com que esse cenário, até então mais ocupado por homens, seja também construído por elas.

Se mulheres já possuem múltiplas funções e atividades, por que não também múltiplas rendas? Por que não empreender? Investir? Para isso, é necessário despertar a inspiração de se reinventar, mostrar que o mercado financeiro é também para elas e que é possível, cada vez mais, fazer com que esse cenário, até então mais ocupado por homens, seja também construído por elas, por nós.

De forma geral, quando inseridas nesse ambiente, mulheres costumam ser detalhistas, trabalham muito bem a paciência e se mostram bem organizadas para executar os planejamentos de operações vistos na teoria. Essa é uma visão que adquiri na prática, ensinando mulheres.

Mas como tornar o mercado financeiro mais diverso e, assim, transformar esse ambiente? Por meio de incentivos, de dar o espaço para que elas falem, perguntem, atuem, se sintam à vontade para agir. Por meio da educação financeira acessível, sem desdéns. Essa deve ser a bandeira, que é apenas uma bandeira justa se for capaz de abraçar a todos. Todos aqueles e todas aquelas.

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É por meio do estudo que construímos o caminho para a liberdade e deixamos de ser reféns do salário, do emprego e de situações sufocantes. E é por meio do estudo que os investimentos e o empreendedorismo se democratizam, alcançam novas pessoas, inclusive aquela parcela pouco inserida no tema, como é o caso das mulheres.

Até não muito tempo atrás, mulheres não podiam nem ter conta em banco, imagine operar na bolsa. Não podiam trabalhar fora sem a autorização do marido, que dirá empreender. E jamais eram incentivadas a falar sobre dinheiro ou mesmo podiam participar ativamente do planejamento financeiro do próprio lar. São anos e anos de atitudes de exclusão que as deixaram cada vez mais longe desse tipo de conhecimento.

Claro que já houve mudanças, mas a balança ainda é desproporcional nesse quesito.

Segundo a B3, a Bolsa de Valores oficial do Brasil, 25,72% dos CPFs cadastrados como investidores representam as mulheres. Isso até outubro de 2020.

O que nos mostra que o caminho a percorrer para dinamizar o mercado financeiro, apesar de já estar sendo trilhado, ainda é longo. Não só em questão de investidoras, mas também para cargos de assessoras, diretoras de instituições financeiras, presidentes e por aí segue.

Portanto, mulher, acredite no seu potencial e na sua capacidade de marcar presença em variadas e distintas funções. Todo início é difícil, penoso. Aprender não é fácil. Se reinventar pode ser assustador. Empreender, investir… Tudo isso, à princípio, pode parecer de outro mundo – mas não é! O segredo da mudança reside em se movimentar. Então, movimente-se!