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Colunista

Como PMEs podem usar I.A para profissionalizar o negócio

Com a inteligência artificial, pequenas e médias empresas podem finalmente deixar de depender do fundador e construir negócios que prosperem com autonomia e legado.

IA
(Imagem: sdecoret em Adobe Stock)
IA (Imagem: sdecoret em Adobe Stock)

“Se você não está usando IA, você está mega atrasado.” Essa é uma frase que eu repito com frequência e por um motivo simples: o jogo mudou e quem está atrasado não é quem ainda não está dominando a IA, é quem sequer colocou isso no radar.

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Aqui vai outra frase minha que gosto de lembrar: “nenhum negócio meu pode depender da minha existência.” Isso não é sobre ego, é sobre legado e é sobre estruturar o seu negócio para viver além de você.

Hoje, mais do que nunca, a inteligência artificial deixou de ser papo de programador para se tornar parte do bate-papo diário de qualquer empreendedor que quer prosperar e não se trata de usar IA só pra fazer post bonitinho ou responder cliente.

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É sobre usar essa tecnologia pra construir uma empresa que funcione sem você e que cresça sem que tudo dependa de você e que respire sozinha.

Mas, por que isso é tão importante agora? Porque as pequenas e médias empresas no Brasil ainda vivem um problema sério de centralização.

A operação depende de uma ou duas cabeças e se uma dessas cabeças some, tudo desmorona, isso é perigoso, e completamente evitável com o uso estratégico da IA.

A centralização como armadilha para o crescimento das PMEs

O empreendedor brasileiro tem sede de fazer acontecer, mas também tem uma mania que trava o crescimento, querer controlar tudo e eu entendo, viu?

Já passei por isso, a gente empreende porque tem visão, garra, senso de dono, só que essa centralização toda é uma bomba-relógio.

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Segundo estudos do Sebrae, mais de 80% das PMEs não possuem processos documentados. Isso significa que se o dono ou a dona precisar se afastar, por férias, doença, qualquer motivo, o negócio fica à deriva.

Além disso, a maioria das decisões fica concentrada nas mãos de poucas pessoas, o que impede a empresa de escalar, inovar ou até mesmo se preparar para uma sucessão saudável.

E é aí que entra a IA como uma grande virada de chave. Porque, diferente de outros modismos de gestão, a inteligência artificial permite algo essencial:

Registrar, repetir e refinar processos.

Ela ajuda a absorver o conhecimento que hoje está só na cabeça do empreendedor e transformar isso em fluxo operacional, em inteligência viva e escalável.

Um estudo publicado pela OECD mostra que pequenas empresas que adotaram soluções baseadas em IA aumentaram em até 30% sua capacidade de replicar processos e reduziram significativamente o risco de ruptura com a saída de lideranças, ou seja, a IA é mais do que tecnologia: é estratégia de sobrevivência.

IA como aliada da profissionalização e do legado

Quando eu criei a Dinastia, o objetivo era muito claro, construir negócios que vivessem além da minha existência.

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O nome “Dinastia” não é à toa, é sobre legado e legado não se constrói com improviso, mas se constrói com processo, com cultura forte, com estratégia e nesse caminho, a IA tem sido uma aliada poderosa.

Segundo relatório da McKinsey, empresas que aplicam IA para gestão do conhecimento e automação de processos têm desempenho até 40% superior em ciclos de sucessão e expansão.

Isso porque a IA ajuda a profissionalizar rotinas, ela organiza dados, aprende padrões, gera relatórios, antecipa falhas. Tudo isso permite que o negócio opere de forma previsível e confiável, sem depender de heróis ou heroínas na liderança.

E olha que interessante, a FGV já mostrou em pesquisas que uma das maiores barreiras para a sucessão empresarial no Brasil é justamente a falta de sistematização do conhecimento. A IA resolve esse gargalo ao funcionar como um “banco de memória viva”, acessível por toda a equipe e atualizável constantemente.

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Mas aqui vai um alerta, IA não é aplicativo que você baixa e esquece no celular, é uma ferramenta viva.

Precisa ser usada com intencionalidade, com consistência, é como um colaborador que você treina e quanto mais você treina, melhor ele te responde.

Como “treinar” a IA para trabalhar por você

Vamos parar de achar que IA é coisa de outro mundo. Afinal, treinar uma inteligência artificial é, na prática, como treinar um novo funcionário. Você precisa mostrar o caminho, dar exemplos, revisar entregas.

Precisa pensar nas perguntas certas, no tom que a empresa usa, nos critérios de decisão.

Plataformas como o ChatGPT, por exemplo, já permitem que você construa fluxos de atendimento, padrões de escrita, resumos automáticos de reuniões e análises de relatórios. Isso não substitui ninguém, mas garante que se alguém sair, o processo continua e se alguém novo entrar, já tem o caminho mapeado.

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Segundo a MIT Sloan, empresas que integram a IA desde os primeiros passos do negócio têm 70% mais chances de criar culturas organizacionais resilientes, com menos rotatividade e mais autonomia operacional.

Isso significa menos dependência de decisões centralizadas e mais clareza no caminho a seguir.

Portanto, se você quer construir algo que dure, comece com a pergunta, quais processos do meu negócio eu posso ensinar pra uma IA?

Se você já sabe responder isso, você está um passo à frente e se ainda não sabe, bora começar ontem.

Resumindo, treine sua empresa para viver sem você

Empreender é sobre colocar uma ideia no mundo, mas crescer é sobre deixar essa ideia andar com as próprias pernas e pra isso, não tem como fugir, você precisa sair do centro da operação.

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A IA te ajuda a fazer isso de forma estruturada, estratégica e inteligente e o mais bonito?

Ela permite que o seu negócio continue existindo, mesmo que você precise se afastar. Isso é legado. Isso é construir uma Dinastia.

Se você ainda não começou, comece. Se começou, intensifique. Se está avançado, ajude outros a chegar lá. Porque quem não estiver usando IA, já sabe, está mega atrasado.

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