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Colunista

Longo-prazo, curto-prazo e arrebentação

O pior lugar para estar é a arrebentação, em que você nem está na segurança do raso, nem passou as ondas

Carolina Bartunek, do Investindo no Futuro
Por Carolina Bartunek

21/01/2021 | 7:38 Atualização: 21/01/2021 | 9:57

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(Foto: Envato Elements)
(Foto: Envato Elements)

“Ações são investimentos para o longo-prazo”. Sempre ouvi esta frase e confesso que sempre achei que fizesse sentido, mas nunca entendi o que há por trás dela. Na verdade, esta afirmação me deixa um pouco frustrada: “poxa, não dá para ganhar no curto-prazo? Preciso esperar anos?” Será que então não se trata de uma desculpa de gestores de fundos para má performance de curto-prazo?

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Após estudar os investidores em ações de maior sucesso no mundo, descobri que entre várias características em comum (estudo, alta inteligência emocional, humildade), todos tinham  anos de mercado. Muitos começaram a ficar bilionários somente após décadas de investimentos. Warren Buffett, por exemplo, fez seu primeiro bilhão após 40 anos investindo. Se não esperamos que um médico esteja entre os melhores de sua profissão em alguns poucos anos, a lógica para investimentos deveria ser a mesma. Ou seja, paciência e estudo são necessários para se tornar um bom investidor e a possibilidade de compor seu capital no longo-prazo é o grande benefício no fim das contas, além de ser também uma das coisas mais poderosas em finanças. Albert Einstein dizia que “juros compostos são a oitava maravilha do mundo”. E são mesmo. 

Participar do crescimento das melhores empresas do Brasil é um privilégio. Veja que interessante o caso de Natura. O retorno em cada ano das ações da Natura foi o seguinte: 2016 -0.3%, 2017 +45.2%, 2018 +37.4%, 2019 +74.0% e 2020 +35.8%. No acumulado, quem ficou os 5 anos investido ganhou +370%. Parece mais fácil do que é. Quem ganhou 45.2% em 2017 certamente estava muito feliz e tentado a realizar o lucro, se não tivesse recomprado teria sido um erro, provavelmente. Neste período as ações da Natura chegaram a cair -21.8% em 3 semanas em 2017 e -57.5% nas piores semanas da pandemia. Quem perseverou teve esse ganho de +370%. 

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Histórias semelhantes aconteceram em Magazine Luiza, B3, Localiza, etc. Ou seja, se a empresa que você investiu está entregando o que você esperava, a volatilidade de curto prazo não deveria te assustar. Pode ser até uma oportunidade de investir mais.

Um outro exemplo fascinante é a ação de Google. A abertura de capital da empresa foi em 2004. A ação foi lançada a 85 dólares. No primeiro dia de negociação ela subiu 18%. Quem tivesse vendido, feliz com o ganho no 1º dia, teria perdido uma alta de 30 vezes nos 15 anos seguintes. Ou seja. 10,000 dólares investidos no dia um do IPO teriam virado 300,000 dólares uma década e meia depois. Haja paciência para ficar 15 anos investido na mesma ação com tantas coisas acontecendo em volta e tantas empresas subindo e caindo. Mas quando se acha a empresa correta e vencedora, o melhor é insistir e ter paciência. Pode ser menos dinâmico, mas é muito mais fácil acertar do que quando se pula de barco em barco.

Ter um horizonte longo de investimentos também ajuda a eliminar outra armadilha, que é a volatilidade do curto-prazo. Se você compra uma ação sabendo que vai precisar do dinheiro em seis meses, corre um risco enorme de ter de vender na baixa. Imagine quem teve de vender uma ação em abril do ano passado, o pior momento da baixa da pandemia? Teve boa chance de realizar um grande prejuízo. Quem ficou investido provavelmente não perdeu dinheiro se escolheu bem as empresas. 

O extremo oposto do investimento de longo-prazo é a especulação de curto-prazo. Não há nada de errado em fazer day-trade ou ficar com uma ação por apenas alguns dias. Na realidade, muitos traders ganham muito dinheiro assim. O importante é não misturar as duas coisas. O motivo para investir e não especular em uma ação é participar do crescimento da empresa, e talvez como em Google, ter um retorno de mais de 1,000% em muitos anos. Os aspectos qualitativos como: qualidade da gestão da empresa, barreiras a entrada no setor, modelo de negócios, fatores ASG (ambiental, social e governança), capacidade de inovação são tão importantes quanto fatores quantitativos. Já nos investimentos de curto prazo, a dinâmica da ação e fatores macro de mercado são mais importantes. A verdade é que com exceção dos grandes gestores quantitativos, sendo o melhor exemplo Jim Simons, do Renaissance Technologies, poucos day traders ficam bilionários. Mas dá para ter um retorno bem interessante. 

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O mais importante é cada tipo de investidor saber o que está fazendo, seguir as regras de risco e usar as ferramentas adequadas durante a duração do investimento. O perigo está quando uma especulação de curto prazo dá errado e vira um investimento de médio prazo. O pior lugar para estar é o meio do caminho, como na arrebentação, no surfe, em que você nem está na segurança do raso da praia, nem passou as ondas. No meio do caminho não há muitas ferramentas adequadas de gestão de investimentos e risco.

A beleza do prazo longo é que se pensarmos em como será nossa existência em 10 ou 20 anos, apesar da imprevisibilidade, a chance de termos avanços tecnológicos que façam a vida melhor é enorme, e quem diz isso é a história. É mais fácil ser otimista no longo-prazo do que se olharmos o presente, em que sempre há desafios que podem nos desanimar. Melhor pensar no longo-prazo, fazer o dever de casa e ser cautelosamente otimista.

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