• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Petrobras: como o preço da gasolina impacta seu dia a dia e o futuro da economia

Queda no preço da gasolina pressiona inflação para baixo, mas reacende temores sobre interferência política na Petrobras

Por Eduardo Mira

06/06/2025 | 14:05 Atualização: 06/06/2025 | 14:05

Receba esta Coluna no seu e-mail
Petrobras. (Foto: Adobe Stock)
Petrobras. (Foto: Adobe Stock)

O anúncio da Petrobras de redução do preço da gasolina nas refinarias em 5,6% vem agitando as expectativas de mercado. Como consumidor, talvez a sua primeira leitura e interesse seja quanto ao possível alívio no bolso na hora de abastecer o carro. Mas essa é uma decisão com peso muito maior e com reflexos na inflação e, quem sabe, no futuro da nossa taxa de juros. 

Leia mais:
  • Por que a Selic a 14,75% é um remédio com muitos efeitos colaterais
  • A bomba-relógio no comércio global: como a guerra EUA-China ameaça as economias do mundo todo
  • Imposto de Renda 2025: o que os investidores precisam saber sobre a declaração
Cotações
02/11/2025 6h51 (delay 15min)
Câmbio
02/11/2025 6h51 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Petrobras: uma gigante da economia mundial

A Petrobras desenvolveu alto padrão tecnológico para exploração de petróleo em águas profundas, tornando-se referência global nesse tipo de operação e é atualmente uma das petroleiras mais importantes do mundo e, com certeza, a mais relevante do Brasil,

Dentro de nossa economia, sua relevância é inquestionável: a Petrobras é a maior pagadora de impostos do país e uma importante fonte de entrada de divisas, graças ao petróleo bruto. Além disso, a empresa emprega milhares de pessoas, está listada nas bolsas de valores do mundo todo e tem valor de mercado de cerca de US$ 70 bilhões (chegou a ser superior a US$ 100 bilhões há alguns anos). 

O Brasil é atualmente o nono maior produtor de petróleo do mundo, e a meta do governo é de que, até o final desta década, o país tenha subido cinco posições no ranking. Obviamente, a Petrobras está no centro dessa meta, vista como importante ferramenta de expansão econômica.

Como o petróleo impacta o IPCA e o seu dia a dia 

E por que o preço da gasolina na bomba mexe tanto com a economia e, consequentemente, com o seu bolso? É simples: o combustível é um insumo básico para quase tudo. Do transporte de alimentos e produtos que chegam à sua mesa ao custo da sua própria locomoção e o preço dos fretes.

Publicidade

Quando o preço da gasolina sobe, o custo de vida aumenta, gerando um efeito cascata em toda a cadeia produtiva. Essa pressão se reflete diretamente no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o nosso termômetro oficial da inflação. 

Uma redução, como a que foi anunciada, pode significar um alívio não só para o seu bolso, mas para a expectativa geral de preços na economia e a redução da pressão inflacionária, já manifestada pelos analistas, pode até abrir espaço para cortes na taxa de juros.

Petrobras no tabuleiro político: uma história com muitas camadas

A história da Petrobras é intrinsecamente ligada à política brasileira. Desde sua fundação nos anos 1950, sob o lema “o petróleo é nosso”, ela sempre foi vista como um instrumento de política pública. 

Nisso reside um dos maiores dilemas da companhia: equilibrar sua função de empresa lucrativa, que precisa dar retorno aos seus acionistas (lembre-se que investidores privados possuem cerca de dois terços do capital da empresa, embora o governo detenha o controle efetivo), com seu papel social e de motor de desenvolvimento econômico.

No governo Dilma Rousseff, por exemplo, a empresa foi forçada a subsidiar o preço dos combustíveis, uma política que custou dezenas de bilhões de dólares, gerando um rombo orçamentário que levou a Petrobras à condição de petroleira mais endividada do mundo naquele período, acumulando prejuízo operacional acumulado de R$ 98 bi (2011-2014), por vender gasolina/diesel abaixo do preço de importação.

Publicidade

Isso comprometeu sua capacidade de investimento e gerou desconfiança no mercado.

No governo Bolsonaro, houve uma tentativa de torná-la mais enxuta e focada em exploração de petróleo e gás, com a venda de ativos e até menção à privatização. Com o retorno de Lula, a visão é de que a Petrobras volte a ser um instrumento de expansão econômica, com investimentos em refinarias e na indústria naval, como o Estaleiro Atlântico Sul, projetos que, historicamente, geraram controvérsias e prejuízos bilionários.

Essa instabilidade na gestão é um ponto crítico. A média do mandato de um presidente da Petrobras é de apenas 1 ano e meio, algo sem precedentes para uma grande companhia global. Isso resulta em volatilidade nas estratégias, além de grande dificuldade para manter projetos estruturantes. 

Além disso, o excesso de intervenção política já resultou em escândalos graves, como o denunciado pela Lava Jato, que chegou ao ponto de ser classificado como o maior caso de corrupção internacional da história. A perda de credibilidade em nível mundial gerou crise de confiança e governança, além de forte instabilidade política.

O dilema atual: equilíbrio entre mercado e sociedade

A recente redução do preço da gasolina reacende esse debate. Para o governo, é uma forma de conter a inflação, facilitar a vida da população e, em última instância, beneficiar sua própria imagem política. Para o mercado, essa intervenção, ao mesmo tempo que alivia a pressão inflacionária, gera também certa preocupação. 

Publicidade

A tensão entre a missão de dar retorno aos acionistas e o papel social da empresa é constante. Cortes de preços podem ir contra interesses de rentabilidade imediata, afetando a confiança do investidor privado. É um jogo delicado, em que a Petrobras precisa buscar o equilíbrio de interesses, sem perder de vista sua competitividade internacional. 

Perspectivas para a economia brasileira: inflação e juros no horizonte

A redução dos preços dos combustíveis é um fator importante para aliviar a pressão inflacionária. Menos custos de transporte e produção significam que os preços de outros bens e serviços tendem a subir menos. Isso é música para os ouvidos do Banco Central.

No mercado de capitais, as expectativas são quase tão importantes quanto os dados e, se os agentes econômicos percebem que a inflação está sob controle e que o governo está agindo para contê-la, a expectativa de inflação diminui – a exemplo do que vimos esta semana no Boletim Focus – e isso pode influenciar positivamente a avaliação do Copom quanto ao futuro da taxa Selic.

A recente medida da Petrobras, ao reduzir um componente tão significativo do IPCA, representa um passo que, se somado a outras medidas de controle fiscal e a um cenário global mais favorável, pode pavimentar o caminho para juros mais baixos no Brasil, estimulando o investimento e o consumo, impulsionando o crescimento econômico.

No entanto, os olhares ainda guardam ceticismo, pois é fundamental que esse tipo de intervenção não gere os riscos históricos que a empresa bem conhece, como prejuízo financeiro, aumento do endividamento, perda de confiança de investidores e instabilidade na gestão. O desafio é manter o equilíbrio para que o alívio de curto prazo não se transforme em um problema de longo prazo para a Petrobras e, consequentemente, para a economia brasileira.

Entendendo o petróleo para além da commodity

A recente redução dos preços dos combustíveis é um lembrete de como as decisões de uma única empresa podem ter um impacto gigantesco no seu dia a dia, na inflação e até mesmo na taxa de juros que afeta seus investimentos.

Publicidade

A Petrobras, com sua complexa teia de interesses econômicos, sociais e políticos, continua sendo um termômetro para a saúde da nossa economia. Entender a dinâmica que move os grandes players e como ela se traduz em oportunidades ou desafios para todos nós é fundamental para quem deseja investir bem e se proteger da volatilidade que nossa política e economia impõem cotidianamente.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Gasolina
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
  • Inflação
  • Petrobras
  • Petróleo

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    O tempo em que a Bolsa falava (muito) alto — e com gestos: as incríveis histórias de 110 anos do pregão viva-voz

  • 2

    Ações do Bradesco (BBDC4) caem forte na Bolsa após resultados do 3T25 e presidente do banco diz: “Não é retrato do balanço”; veja a explicação

  • 3

    Auren (AURE3) completa 1 ano da compra da AES; MP do setor elétrico muda expectativas para dividendos?

  • 4

    Balanço do 3T25 aumenta chances de dividendos extraordinários da Vale, dizem analistas

  • 5

    Reforma tributária pode encarecer aluguel: veja como IBS e CBS vão alterar contratos

Publicidade

Quer ler as Colunas de Eduardo Mira em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Pix: veja como se proteger do golpe do WhatsApp
Logo E-Investidor
Pix: veja como se proteger do golpe do WhatsApp
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: como funciona o sorteio especial?
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: como funciona o sorteio especial?
Imagem principal sobre o Pix: veja como se proteger do golpe do falso boleto
Logo E-Investidor
Pix: veja como se proteger do golpe do falso boleto
Imagem principal sobre o 4 casas que não podem fazer parte do programa Reforma Casa Brasil
Logo E-Investidor
4 casas que não podem fazer parte do programa Reforma Casa Brasil
Imagem principal sobre o Prova de vida: veja documentos que aposentados devem apresentar ao realizar procedimento
Logo E-Investidor
Prova de vida: veja documentos que aposentados devem apresentar ao realizar procedimento
Imagem principal sobre o O que fazer se a restituição do IR não cair na conta?
Logo E-Investidor
O que fazer se a restituição do IR não cair na conta?
Imagem principal sobre o Bancos podem começar a encerrar várias contas; entenda o motivo
Logo E-Investidor
Bancos podem começar a encerrar várias contas; entenda o motivo
Imagem principal sobre o Como sacar o benefício com o cartão do INSS em agências e correspondentes
Logo E-Investidor
Como sacar o benefício com o cartão do INSS em agências e correspondentes
Últimas: Colunas
O sistema cria o vício e depois pergunta de quem é a culpa
Ana Paula Hornos
O sistema cria o vício e depois pergunta de quem é a culpa

A pressão emocional sobre jovens e crianças em um sistema que lucra com a vulnerabilidade e culpabilização das vítimas

01/11/2025 | 12h00 | Por Ana Paula Hornos
O Douro é o novo destino para quem busca luxo com alma
Valéria Bretas
O Douro é o novo destino para quem busca luxo com alma

O roteiro começa no Porto, com uma parada estratégica para comer, andar pela Ribeira, dormir com conforto e embarcar na viagem de trem mais bonita do país até a quinta de Ventozelo

31/10/2025 | 14h05 | Por Valéria Bretas
Como ter uma casa, um carro, uma moto e dinheiro investido ganhando R$ 2.800
Fabrizio Gueratto
Como ter uma casa, um carro, uma moto e dinheiro investido ganhando R$ 2.800

A verdadeira liberdade financeira nasce do comportamento, da disciplina de gastar menos, da paciência de investir e da coragem de adiar o prazer imediato

30/10/2025 | 19h45 | Por Fabrizio Gueratto
Fundos de ações superam Ibovespa em 2025, mas ainda perdem da renda fixa no longo prazo
Einar Rivero
Fundos de ações superam Ibovespa em 2025, mas ainda perdem da renda fixa no longo prazo

Levantamento mostra que a mediana dos fundos de ações teve alta de 22,13% em 12 meses, superando o Ibovespa e marcando a recuperação parcial da gestão ativa no Brasil

29/10/2025 | 14h10 | Por Einar Rivero

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador