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Colunista

Petrobras: como o preço da gasolina impacta seu dia a dia e o futuro da economia

Queda no preço da gasolina pressiona inflação para baixo, mas reacende temores sobre interferência política na Petrobras

Por Eduardo Mira

06/06/2025 | 14:05 Atualização: 06/06/2025 | 14:05

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Petrobras. (Foto: Adobe Stock)
Petrobras. (Foto: Adobe Stock)

O anúncio da Petrobras de redução do preço da gasolina nas refinarias em 5,6% vem agitando as expectativas de mercado. Como consumidor, talvez a sua primeira leitura e interesse seja quanto ao possível alívio no bolso na hora de abastecer o carro. Mas essa é uma decisão com peso muito maior e com reflexos na inflação e, quem sabe, no futuro da nossa taxa de juros. 

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Petrobras: uma gigante da economia mundial

A Petrobras desenvolveu alto padrão tecnológico para exploração de petróleo em águas profundas, tornando-se referência global nesse tipo de operação e é atualmente uma das petroleiras mais importantes do mundo e, com certeza, a mais relevante do Brasil,

Dentro de nossa economia, sua relevância é inquestionável: a Petrobras é a maior pagadora de impostos do país e uma importante fonte de entrada de divisas, graças ao petróleo bruto. Além disso, a empresa emprega milhares de pessoas, está listada nas bolsas de valores do mundo todo e tem valor de mercado de cerca de US$ 70 bilhões (chegou a ser superior a US$ 100 bilhões há alguns anos). 

O Brasil é atualmente o nono maior produtor de petróleo do mundo, e a meta do governo é de que, até o final desta década, o país tenha subido cinco posições no ranking. Obviamente, a Petrobras está no centro dessa meta, vista como importante ferramenta de expansão econômica.

Como o petróleo impacta o IPCA e o seu dia a dia 

E por que o preço da gasolina na bomba mexe tanto com a economia e, consequentemente, com o seu bolso? É simples: o combustível é um insumo básico para quase tudo. Do transporte de alimentos e produtos que chegam à sua mesa ao custo da sua própria locomoção e o preço dos fretes.

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Quando o preço da gasolina sobe, o custo de vida aumenta, gerando um efeito cascata em toda a cadeia produtiva. Essa pressão se reflete diretamente no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o nosso termômetro oficial da inflação. 

Uma redução, como a que foi anunciada, pode significar um alívio não só para o seu bolso, mas para a expectativa geral de preços na economia e a redução da pressão inflacionária, já manifestada pelos analistas, pode até abrir espaço para cortes na taxa de juros.

Petrobras no tabuleiro político: uma história com muitas camadas

A história da Petrobras é intrinsecamente ligada à política brasileira. Desde sua fundação nos anos 1950, sob o lema “o petróleo é nosso”, ela sempre foi vista como um instrumento de política pública. 

Nisso reside um dos maiores dilemas da companhia: equilibrar sua função de empresa lucrativa, que precisa dar retorno aos seus acionistas (lembre-se que investidores privados possuem cerca de dois terços do capital da empresa, embora o governo detenha o controle efetivo), com seu papel social e de motor de desenvolvimento econômico.

No governo Dilma Rousseff, por exemplo, a empresa foi forçada a subsidiar o preço dos combustíveis, uma política que custou dezenas de bilhões de dólares, gerando um rombo orçamentário que levou a Petrobras à condição de petroleira mais endividada do mundo naquele período, acumulando prejuízo operacional acumulado de R$ 98 bi (2011-2014), por vender gasolina/diesel abaixo do preço de importação.

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Isso comprometeu sua capacidade de investimento e gerou desconfiança no mercado.

No governo Bolsonaro, houve uma tentativa de torná-la mais enxuta e focada em exploração de petróleo e gás, com a venda de ativos e até menção à privatização. Com o retorno de Lula, a visão é de que a Petrobras volte a ser um instrumento de expansão econômica, com investimentos em refinarias e na indústria naval, como o Estaleiro Atlântico Sul, projetos que, historicamente, geraram controvérsias e prejuízos bilionários.

Essa instabilidade na gestão é um ponto crítico. A média do mandato de um presidente da Petrobras é de apenas 1 ano e meio, algo sem precedentes para uma grande companhia global. Isso resulta em volatilidade nas estratégias, além de grande dificuldade para manter projetos estruturantes. 

Além disso, o excesso de intervenção política já resultou em escândalos graves, como o denunciado pela Lava Jato, que chegou ao ponto de ser classificado como o maior caso de corrupção internacional da história. A perda de credibilidade em nível mundial gerou crise de confiança e governança, além de forte instabilidade política.

O dilema atual: equilíbrio entre mercado e sociedade

A recente redução do preço da gasolina reacende esse debate. Para o governo, é uma forma de conter a inflação, facilitar a vida da população e, em última instância, beneficiar sua própria imagem política. Para o mercado, essa intervenção, ao mesmo tempo que alivia a pressão inflacionária, gera também certa preocupação. 

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A tensão entre a missão de dar retorno aos acionistas e o papel social da empresa é constante. Cortes de preços podem ir contra interesses de rentabilidade imediata, afetando a confiança do investidor privado. É um jogo delicado, em que a Petrobras precisa buscar o equilíbrio de interesses, sem perder de vista sua competitividade internacional. 

Perspectivas para a economia brasileira: inflação e juros no horizonte

A redução dos preços dos combustíveis é um fator importante para aliviar a pressão inflacionária. Menos custos de transporte e produção significam que os preços de outros bens e serviços tendem a subir menos. Isso é música para os ouvidos do Banco Central.

No mercado de capitais, as expectativas são quase tão importantes quanto os dados e, se os agentes econômicos percebem que a inflação está sob controle e que o governo está agindo para contê-la, a expectativa de inflação diminui – a exemplo do que vimos esta semana no Boletim Focus – e isso pode influenciar positivamente a avaliação do Copom quanto ao futuro da taxa Selic.

A recente medida da Petrobras, ao reduzir um componente tão significativo do IPCA, representa um passo que, se somado a outras medidas de controle fiscal e a um cenário global mais favorável, pode pavimentar o caminho para juros mais baixos no Brasil, estimulando o investimento e o consumo, impulsionando o crescimento econômico.

No entanto, os olhares ainda guardam ceticismo, pois é fundamental que esse tipo de intervenção não gere os riscos históricos que a empresa bem conhece, como prejuízo financeiro, aumento do endividamento, perda de confiança de investidores e instabilidade na gestão. O desafio é manter o equilíbrio para que o alívio de curto prazo não se transforme em um problema de longo prazo para a Petrobras e, consequentemente, para a economia brasileira.

Entendendo o petróleo para além da commodity

A recente redução dos preços dos combustíveis é um lembrete de como as decisões de uma única empresa podem ter um impacto gigantesco no seu dia a dia, na inflação e até mesmo na taxa de juros que afeta seus investimentos.

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A Petrobras, com sua complexa teia de interesses econômicos, sociais e políticos, continua sendo um termômetro para a saúde da nossa economia. Entender a dinâmica que move os grandes players e como ela se traduz em oportunidades ou desafios para todos nós é fundamental para quem deseja investir bem e se proteger da volatilidade que nossa política e economia impõem cotidianamente.

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