- Quando a volatilidade está nas alturas, os preços das ações dançam com mais intensidade
- Investidores mais conservadores costumam se sentir confortáveis com ativos de baixa volatilidade em sua carteira
- Assim como uma coreografia bem ensaiada, uma estratégia de investimento equilibrada envolve diversificação
Investir na bolsa de valores é como participar de uma dança em que os números são os nossos parceiros. O ritmo, que pode ser frenético ou suave, é dado por um binômio crucial nessa coreografia cheia de possibilidades: volatilidade e retorno.
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Quando a volatilidade está nas alturas, os preços das ações dançam com mais intensidade. Isso pode significar oportunidades de lucro expressivas para quem está disposto a arriscar. Investidores audaciosos veem nesse cenário a chance de ganhos substanciais no curto prazo. Mas, vale lembrar que essa dança de passos ousados traz consigo o risco de quedas bruscas. É um jogo para quem gosta de emoções fortes.
Se a volatilidade é baixa, os preços se movem de forma mais previsível, proporcionando uma sensação de estabilidade. Investidores mais conservadores, que preferem uma dança serena, costumam se sentir confortáveis com ativos de baixa volatilidade em sua carteira. No entanto, a calmaria significa retornos mais modestos. Os ganhos são proporcionais à melodia suave da dança.
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Assim como uma coreografia bem ensaiada, uma estratégia de investimento equilibrada envolve diversificação. Misturar ativos de diferentes níveis de volatilidade cria uma dança harmoniosa na carteira, com alguns ativos mais ousados e outros mais comedidos. O dueto ajuda a equilibrar os riscos e atingir um desempenho consistente ao longo do tempo.
O dançarino com experiência no mercado também sabe que seus passos estarão tanto mais seguros quanto mais estiverem respaldados por análises profissionais, indicadores técnicos e informação gabaritada.
Investir na bolsa é uma dança única, repleta de emoções. O binômio volatilidade e retorno é parte integrante dessa coreografia. Seja um dançarino ousado em busca de giros espetaculares ou um apreciador da valsa estável, entender como esses elementos se entrelaçam é a chave para ajustar a dança conforme a música e lucrar.
Menor patamar do Ibovespa
Em um capítulo marcante da dança financeira, o Ibovespa surpreendeu a plateia ao atingir o menor nível de volatilidade da história registrando, em 31 de janeiro, 16,29 pontos em 12 meses. Um feito notável.
Contudo, ao olharmos pelo retrovisor, enxergaremos uma travessia mais agitada. Durante a pandemia, a volatilidade do Ibovespa atingiu seu ápice, alcançando 45,94 pontos. Esse turbilhão financeiro foi um contraponto marcante ao cenário tranquilo que se desenhava no final de 2019 e início de 2020.
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O movimento da volatilidade do Ibovespa de janeiro não foi solitário. O S&P500, índice norte-americano, também atingiu níveis baixos, ainda que superiores aos registrados na pré e pós-pandemia. A sincronia reflete os desafios e oportunidades enfrentados pelos mercados globais.
Encontrar ativos com baixa volatilidade é um desafio. Na busca por essas pérolas, listamos as 10 ações da B3 com menor volatilidade em 31 de janeiro último. Apenas quatro delas apresentaram volatilidade inferior à do Ibovespa. Três delas são da Taesa (TAEE11) e uma da Auren (AURE3), ambas do setor de energia elétrica.
Examinando o volume médio diário superior a R$ 1 milhão/dia, percebemos que, das 10 ações menos líquidas, seis pertencem ao setor de energia, duas são seguradoras e duas integram o setor bancário. O que evidencia como setores específicos podem proporcionar estabilidade mesmo em meio às oscilações do mercado.
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