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- O ápice da pandemia no mercado financeiro ocorreu em 23 de março de 2020, quando o Ibovespa atingiu seu ponto mais baixo desde 20 de fevereiro, atingindo os 63.570 pontos e uma queda de -44,52%. Comparativamente, o principal índice dos Estados Unidos, o S&P500, registrou uma queda de -33,67% no mesmo período;
- Desde o início da pandemia, em 20 de fevereiro de 2020, as bolsas brasileira e americana, representadas pelos seus principais índices, o Ibovespa e o S&P500, experimentaram uma montanha-russa de altos e baixos. Inicialmente, houve uma queda significativa devido às incertezas em torno dos impactos econômicos da pandemia, com os índices atingindo seu ponto mais baixo em março de 2020;
- Ao longo do tempo, à medida que os governos implementavam políticas de estímulo e medidas de apoio econômico, juntamente com o progresso no desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, os mercados começaram a se recuperar.
O início da pandemia no Brasil pode ser considerado em 20 de fevereiro de 2020, uma sexta-feira de carnaval, data em que o mercado deu os primeiros sinais de contágio do novo coronavírus. O ápice dos efeitos no mercado financeiro ocorreu em 23 de março de 2020, quando o Ibovespa atingiu seu ponto mais baixo desde 20 de fevereiro, aos 63.570 pontos com uma queda de 44,52%. Comparativamente, o principal índice dos Estados Unidos, o S&P500, registrou uma queda de 33,67% no mesmo período.
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De 20 de fevereiro de 2020 até 20 de fevereiro de 2024, o Ibovespa apresentou uma valorização de 13,38%, enquanto de 23 de março até 20 de fevereiro de 2024, a valorização foi de 104,37%. Já o S&P 500 registrou uma valorização de 47,5% desde 20 de fevereiro de 2020 até 20 de fevereiro de 2024 e de 122,38% desde 23 de março de 2020 até 20 de fevereiro de 2024.
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Desde o início da pandemia, em 20 de fevereiro de 2020, as bolsas brasileira e americana, representadas pelos seus principais índices, o Ibovespa e o S&P500, experimentaram uma montanha-russa de altos e baixos. Inicialmente, houve uma queda significativa devido às incertezas em torno dos impactos econômicos da pandemia, com os índices atingindo seu ponto mais baixo em março de 2020.
Devemos salientar que o Ibovespa atingiu sua pontuação máxima histórica em 27 de dezembro de 2023, chegando a 134.194 pontos, e o S&P500 em 15 de fevereiro de 2024, atingindo 5.029,73 pontos.
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No entanto, ao longo do tempo, à medida que os governos implementavam políticas de estímulo e medidas de apoio econômico, juntamente com o progresso no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, os mercados começaram a se recuperar. Durante o segundo semestre de 2020 e em 2021, houve uma recuperação gradual, com o Ibovespa atingindo níveis pré-pandêmicos em alguns momentos.
No entanto, a volatilidade persistiu devido a preocupações contínuas com a pandemia, flutuações nos preços das commodities, incertezas políticas e econômicas internas e externas, bem como outros fatores globais.
O comportamento nos mercados de bolsa brasileiro e americano desde fevereiro de 2020 até 2024 foi influenciado por uma série de eventos e fatores geopolíticos. A pandemia de covid-19 foi o mais significativo, causando volatilidade e quedas nos índices de ações, enquanto políticas monetárias e fiscais, tensões comerciais e desenvolvimentos globais também moldaram as tendências do mercado.
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Além disso, as eleições recentes em ambos os países desempenharam um papel importante no impacto. Nos EUA, a eleição presidencial de 2020 e a subsequente transição de poder influenciaram as perspectivas econômicas e a confiança dos investidores. No Brasil, as eleições presidenciais e outros temas políticos internos também afetaram as expectativas do mercado.
Eventos como a guerra na Ucrânia e os conflitos em Israel aumentaram a volatilidade, levantaram preocupações sobre o fornecimento de energia e os riscos para empresas multinacionais, afetaram as expectativas de crescimento global e influenciaram os mercados de commodities. Em suma, uma interação complexa de eventos internos e externos, incluindo as eleições recentes, moldou a volatilidade e as tendências nos mercados financeiros.
Como se comportaram as ações do Ibovespa
Das 86 ações da carteira do Ibovespa, apenas 76 estavam sendo negociadas desde 20 de fevereiro de 2020. Dessas 76 ações, 42 apresentaram valorização positiva de 20 de fevereiro de 2020 até 20 de fevereiro de 2024, enquanto outras 34 registraram rentabilidade negativa no mesmo período.
As ações mais rentáveis
Ao analisar a tabela das dez ações com maior valorização, podemos observar que a maioria delas pertence a setores-chave da economia brasileira, tais como exploração, refino e distribuição de petróleo, energia elétrica, materiais metálicos e agricultura. Isso sugere que a recuperação do mercado de ações brasileiro foi impulsionada, em parte, por setores resilientes e estratégicos da economia.
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É interessante notar que três ações tiveram uma valorização superior a 200%, destacando-se o desempenho excepcional de empresas como Petrorio ON (PRIO3), Petrobras PN (PETR4) e Petrobras ON (PETR3), com altas de 381,39%, 285,00% e 248,89%, respectivamente. Essas empresas, que operam no setor de petróleo e gás, foram capazes de se adaptar às condições desafiadoras do mercado e capitalizar as oportunidades emergentes.
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A líder em rentabilidade, PRIO3, atingiu seu melhor momento em 18 de outubro de 2023, quando alcançou o preço de R$ 50,11, enquanto o pior momento ocorreu em 18 de março de 2020, com o valor de R$ 2,07 por ação. Atualmente, o papel está avaliado em R$ 46,12.
Observamos que as dez ações com melhor desempenho atingiram o pior momento no final do mês de março de 2020, acompanhando o fundo do poço do Ibovespa. Também é perceptível que a maior parte delas registrou os seus preços máximos no período entre os anos de 2023 e 2024.
É interessante observar que empresas dos setores de energia elétrica, minerais metálicos, agricultura, bancos e siderurgia também estão entre as dez ações mais valorizadas, demonstrando a diversidade do mercado e as oportunidades de investimento em diferentes setores da economia brasileira.
As ações de maior queda
Entre as ações que não conseguiram se recuperar desde o início da pandemia, destacam-se aquelas com quedas substanciais, com cinco delas registrando uma desvalorização de mais de 80%. A Casas Bahia (BHIA3) liderou essa lista, com um recuo de 97,83%, seguida por IRB Brasil (IRBR3) e CVC Brasil (CVCB3), com quedas de 95,54% e 88,56%, respectivamente. Isso demonstra a magnitude das dificuldades enfrentadas por algumas empresas em setores como eletrodomésticos, viagens e turismo e alimentação.
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A diversidade de setores representados entre as ações com as maiores quedas sugere que os desafios não foram limitados a um único setor da economia, mas generalizados em toda a indústria. No entanto, é notável que o setor de eletrodomésticos tenha sido particularmente afetado, com duas das dez ações com as maiores quedas pertencentes a esse setor.
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Por outro lado, é importante ressaltar que apenas 16 das 86 ações da carteira do Ibovespa registraram quedas superiores a 50% durante o período analisado. Isso sugere que, embora algumas empresas tenham enfrentado desafios significativos, a maioria conseguiu se manter relativamente estável ou mesmo se recuperar ao longo do tempo.
Em conclusão, a análise dos dados indica que o mercado de ações brasileiro foi marcado por uma grande disparidade de desempenho durante o período de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2024. Enquanto algumas empresas conseguiram se adaptar às condições desafiadoras e até mesmo prosperar, outras enfrentaram dificuldades significativas e registraram quedas acentuadas em seus valores de mercado.
Essa diversidade de desempenho destaca a importância da análise cuidadosa e da diversificação do portfólio para os investidores, especialmente em meio a condições de mercado voláteis e eventos disruptivos, como a pandemia de covid-19.
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