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- Ser seu próprio patrão pode ser ótimo, garantir maior autonomia e até maiores lucros. No entanto, não é bem um mar de rosas, como muitos pensam
- Empreender exige – antes mesmo de uma boa ideia, um talento e força de vontade – planejamento. É preciso criar cenários positivos e negativos e estar preparado para todos eles
Nas aulas da Multiplicando Sonhos em escolas públicas paulistas, sempre perguntamos sobre os sonhos dos jovens e qual profissão eles desejam seguir. O que tenho reparado, é que cada vez mais eles optam pelo empreendedorismo – seja a venda de um produto, a prestação de um serviço ou, até, se tornarem influenciadores na internet.
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Ser seu próprio patrão pode ser ótimo, garantir maior autonomia e até maiores lucros. No entanto, não é bem um mar de rosas, como muitos pensam. Se algo der errado, é você quem terá que arcar (muitas vezes, sozinho) com as consequências.
Empreender exige – antes mesmo de uma boa ideia, um talento e força de vontade – planejamento. É preciso criar cenários positivos e negativos e estar preparado para todos eles.
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Também não se pode esquecer da aposentadoria, afinal, como o próprio Estadão mostrou, corremos o risco de o governo não conseguir pagar o salário aos MEIs, já que eles têm crescido exponencialmente.
Separei 5 dicas sobre o que pensar antes de abrir um negócio ou se tornar autônomo. Espero que elas te ajudem e que você tenha sucesso no caminho que desejar trilhar.
1. Tenha claro o seu objetivo e o seu ponto de partida
Antes mesmo de escolher qual ramo seguir, é importante ter em mente qual o seu objetivo de vida. Você quer comprar uma casa? Um carro? Ter filhos? Como é a vida que quer levar? Mais tranquila ou mais agitada? Quer viajar sempre, mudar de cidade, ou não tem problema em permanecer onde já vive?
Um erro muito comum é que as pessoas idealizam um negócio – muitas vezes, influenciados pelo que vêem na internet – sem ao menos se questionarem se aquilo faz sentido para si. Nem sempre aquele negócio milionário do influenciador que você segue vai se repetir com você ou até te trazer felicidade.
Existem negócios mais fáceis e mais difíceis, que dependem de mais ou menos dinheiro. É preciso considerar todos esses fatores levando em consideração o seu perfil e a sua condição social e financeira. Se quer ser influenciador, como é a sua timidez? Você tem contatos que podem te abrir portas? Tem dinheiro para investir ou vai começar do zero?
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“Algumas pessoas possuem a condição financeira para escolher o ramo do negócio por amor, outras buscam empreender por necessidade”, lembra Matheus Alencar, 27 anos, empresário e ex-professor voluntário da Multiplicando Sonhos.
De toda forma, no final das contas, “deve ser algo que você estaria disposto a fazer no dia a dia, pois ao longo do tempo você precisa no mínimo gostar de uma das atividades para atravessar os desafios que irão aparecer ao longo do caminho”.
2. Pesquise o mercado e converse com pessoas que fizeram isso antes de você
Você só vai saber responder a todas as perguntas anteriores se souber exatamente quais são as condições de negócio de cada ramo que cogitar seguir. Por isso, é importante ler reportagens que mostram os bastidores daquela área de atuação, entrevistas com empreendedores que atuam nela e o cenário atual do mercado.
Se possível, converse com quem já está há alguns anos no setor. A internet possibilita que tenhamos acesso a pessoas que antes eram impossíveis de alcançar. Então, utilize isso a seu favor. Mande mensagens. Quem sabe alguém te responde e topa bater um papo? Se for um conhecido seu, melhor ainda.
Alencar sugere que você pesquise, ao menos, os seguintes pontos:
- Qual a demanda deste ramo?
- Quem são os seus principais concorrentes?
- Quais serão os seus diferenciais?
- Quais suas despesas mensais com esse negócio?
- Qual o faturamento esperado e o plano de ação para chegar nesse faturamento?
Informação é a sua maior arma, especialmente neste começo. Não tenha pressa para tomar uma decisão. Esteja mais preocupado em dar um passo seguro.
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“Um erro fatal na hora de iniciar um negócio é não ser sincero consigo mesmo e procurar apenas motivos para comprovar sua ideia. Na hora da análise, você deve ser imparcial em relação ao potencial do negócio. Se, mesmo assim, os dados forem favoráveis à sua ideia, então é algo que pode ser levado para frente”, diz o empresário.
3. Se prepare para todos os cenários possíveis
Você entendeu como o mercado funciona, escolheu uma área e avaliou todos os prós e contras dela? Então, é hora de criar pelo menos 3 cenários possíveis: um de sucesso total, um em que você fica no zero a zero e um no qual tem prejuízo.
Você precisa estar preparado para os possíveis desafios que podem surgir e já ter um plano a ser seguido em cada caso. Assim, as chances de ser pego de surpresa e agir por impulso, podendo tomar más decisões, cai consideravelmente.
“Faça um planejamento mensal dos seus objetivos, um planejamento semanal das principais tarefas para alcançar os seus objetivos mensais e tenha um planejamento diário para concretizar as tarefas da semana”, recomenda.
4. Foco total da reserva de emergência
Você tem o caixa necessário para manter o seu negócio por seis meses sem ele dar lucro? Se não, é melhor criá-lo antes mesmo de começar, caso você tenha um trabalho fixo hoje e pensa em abandoná-lo para empreender.
Se você está desempregado e sua alternativa é empreender, pode começar com o menor investimento possível. Conforme o retorno for chegando, crie este caixa antes mesmo de expandir o negócio.
5. Separe a pessoa física da pessoa jurídica
Muitos negócios quebram porque os donos não sabem lidar com o dinheiro e não enxergam para onde ele vai. Separar o dinheiro da empresa, que deve ser utilizado para comprar materiais, pagar pessoas, reinvestir etc., é fundamental.
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Não é porque você é seu próprio chefe, que você não terá um salário. Estipule qual dinheiro é para você gastar com suas despesas pessoais. Pode ser uma porcentagem do lucro da empresa, por exemplo. A outra parte, reinvista e veja seu negócio crescer cada vez mais.
Boa sorte!