- É extremamente importante falar sobre dinheiro com as crianças. Isso faz com que elas criem senso de necessidade versus desejo, saibam escolher e priorizar coisas de acordo com a importância, sejam mais solidárias, tenham mais paciência e desenvolvam, conforme crescem, seus próprios planejamentos;
- A melhor forma de começar a falar sobre dinheiro com os filhos é quando eles começam a pedir coisas que custam dinheiro. E isso pode começar de maneira didática, explicando como o dinheiro funciona, para em seguida forçá-los a fazer escolhas;
- Isso mostrará para a criança que ela pode sim ter o que quer, mas que existem consequências sobre isso. Ela terá, então, de entender se o que ela quer vale pagar essas consequências, ou não. Como tudo na vida.
Lidando com jovens de diferentes tipos nas escolas em que trabalho com a Multiplicando Sonhos, aprendi que, de maneira geral, as famílias causam três tipos de traumas nas crianças e adolescentes quando o assunto é dinheiro:
- A família não conversa sobre dinheiro com a criança e, uma hora ou outra, dá tudo o que ela deseja, fazendo com que ela cresça achando que pode ter tudo o que quer, sem dar o valor real às coisas e sem saber lidar com a necessidade de fazer escolhas e planejamento;
- A família, mais limitada financeiramente, não dá aquilo que a criança ou o jovem quer, mas também não explica a ela o porquê e ela cresce frustrada, com a autoestima baixa e sem sonhar;
- A família fala sobre dinheiro, mas sempre de forma sentimental; os pais brigam sobre dinheiro na frente dos filhos e/ou falam que não podem comprar determinados itens porque não têm dinheiro, sem explicar como funcionam as finanças da família. A criança cresce com uma visão negativa sobre o dinheiro, achando que é algo difícil, motivo de briga e que não serve para ela.
Mas, afinal, é preciso falar com as crianças sobre dinheiro? A resposta: sim, é extremamente importante falar sobre dinheiro com as crianças.
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Conversar sobre finanças faz com que elas criem senso de necessidade versus desejo, saibam escolher e dar prioridade a coisas de acordo com a importância, sejam mais solidárias, tenham mais paciência e desenvolvam, conforme crescem, seus próprios planejamentos.
Quando começar e como falar com os filhos sobre dinheiro?
A melhor forma de começar a falar sobre dinheiro com os filhos ocorre quando eles começam a pedir coisas que custam dinheiro. E isso pode começar de maneira didática, explicando como o dinheiro funciona, para em seguida forçá-los a fazer escolhas.
Explique que cada brinquedo, por exemplo, custa uma quantidade específica de dinheiro. Alguns mais, outros menos. E que o dinheiro disponível para pagar por ele precisa ser conquistado a partir da troca da mão de obra dos pais ou dos responsáveis. A mamãe não sai para trabalhar todos os dias? Então, ela sai para, em troca, receber uma quantidade determinada de dinheiro. Mas esse dinheiro precisa ser usado para tudo: pagar para ter luz em casa, água, comida, comprar roupas, passear e, claro, comprar brinquedos.
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Explique que, dentro deste grande orçamento da família, existe uma quantidade específica de dinheiro para comprar brinquedos ou realizar outros desejos da criança – mas ela não é a única, o papai, a mamãe, os irmãos também têm desejos e quantidades específicas de dinheiro para realizá-los. É preciso saber dividir.
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Assim, a criança pode ter autonomia para escolher: se ela quer muito aquele brinquedo, será necessário esperar X meses para que a família consiga juntar o dinheiro suficiente para comprá-lo. E isso pode implicar em abrir mão de algumas outros desejos, como comer pizza toda semana. Tal atitude mostrará para a criança que ela pode, sim, ter o que quer, mas que existem consequências para chegar lá. Ela terá, então, que entender se o que ela deseja vale pagar o sacrifício, ou não. Como tudo na vida.
Sozinha, com o tempo, a criança começará a diferenciar o que é um desejo real, do que é uma vontade passageira. E também passará a pensar em alternativas para conseguir o que quer: diminuir determinada despesa, ceder daqui para ganhar ali.
Eu, Evandro, ainda não tenho filhos, mas sou louco para ter. Quando tiver, espero seguir o exemplo do meu pai, que sempre me explicou que ter dinheiro leva tempo e que é preciso escolher bem como gastá-lo para não faltar amanhã.
E você? Que lição sobre dinheiro adquiriu da sua família? E qual lição pretende passar para os seus filhos? Já parou para pensar sobre isso?
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Espero que esse texto te ajude nesta missão.
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