- Chamamos popularmente de autocuidado tudo isso que fazemos para o nosso próprio bem-estar e daqueles que amamos
- Em muitos casos, as pessoas chegam às dívidas por conta de sintomas de depressão e ansiedade
- Fazer uma planilha de gastos, contabilizar nossos ganhos e despesas, pode aliviar boa parte da ansiedade gerada pelo dinheiro
Ter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regularmente, dedicar tempo ao descanso e ao sono… Todas as pessoas sabem que essas coisas são essenciais para ter uma vida saudável, por mais que muitas vezes não as praticam.
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Chamamos popularmente de autocuidado tudo isso que fazemos para o nosso próprio bem-estar e daqueles que amamos. Mas o que muita gente não vê como autocuidado, apesar de ser, é: manter uma vida financeira estável e organizada.
Uma pesquisa de 2022 encomendada pelo Serasa, chamada “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro”, mostrou que:
- 83% dos endividados têm dificuldade para dormir por conta das dívidas;
- 74% afirmam ter dificuldade de concentração para realizar tarefas diárias;
- 61% viveram ou vivem sensação de “crise e ansiedade” ao pensar na dívida;
- 53% dos pesquisados revelam sentir “muita tristeza” e “medo do futuro”.
E engana-se quem pensa que este é um caminho em mão única. Em muitos casos, as pessoas chegam às dívidas por conta de sintomas de depressão e ansiedade. Afinal, a forma como lidamos com o nosso dinheiro é um reflexo do nosso padrão comportamental.
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Tudo isso se torna uma bola de neve e mina nossa capacidade de viver bons momentos, como viajar, ir a um restaurante com a família, comparecer ao aniversário de um amigo e por aí vai.
A sensação de constante estresse por não saber como pagar as próximas contas esgotam a nossa mente. Estressados, brigamos com quem está ao nosso redor e tendemos a nos tornar mais solitários.
Fazer uma planilha de gastos, contabilizar nossos ganhos e despesas, pode aliviar boa parte da ansiedade gerada pelo dinheiro. Mas vamos além: investir dinheiro no que realmente desejamos, para realizar nossos sonhos e manter uma reserva financeira para possíveis emergências traz saúde física e mental.
Assim como não é possível negar a necessidade do seu corpo de se exercitar, também não é possível negar as finanças pessoais.
Gostando ou não do modelo em que vivemos, é preciso aceitar que estamos em um mundo capitalista e o acesso à saúde para quem não tem dinheiro é limitado. Ter momentos de lazer e facilidades no dia a dia também dependem, muitas vezes, de dinheiro.
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Então, por que muitos de nós ainda associamos o dinheiro como algo ruim e negamos o quão necessário ele é?
Quando vamos à academia, estamos pensando em cuidar do nosso corpo, melhorar nossa saúde, performance e estética. Estamos investindo no nosso bem mais precioso, aquele que nos carrega e sem o qual não podemos viver.
Da mesma forma, quando fazemos boas escolhas em relação aos gastos, poupamos e investimos o nosso dinheiro, estamos direcionando toda esta energia para nós mesmos. Estamos cuidando de nós mesmos.
É sobre utilizar os recursos preciosos que temos ao nosso favor, de maneira equilibrada e saudável, desenvolvendo a nossa autoestima e avançando em direção aos nossos sonhos.
E, claro, com maior equilíbrio financeiro, fica mais fácil pagar uma boa academia, comprar bons alimentos e fazer terapia, não é mesmo? Lembre-se disso na próxima vez que agir involuntariamente contra si mesmo na hora de usar o seu dinheiro.
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