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- O interesse por criptoativos cresce sem parar. Muitos são atraídos pelos comentários de celebridades das finanças, como Elon Musk, CEO da Tesla, e Jack Dorsey, CEO do Twitter
- Outros simplesmente estão de olho nos retornos espetaculares dessa classe de ativos. E, finalmente, aqui no Brasil, temos aqueles que buscam proteção, seja cambial, seja contra a inflação
- Mas do interesse a primeira compra existe uma grande distância. O primeiro passo é entender como investir em criptos
O interesse por criptoativos cresce sem parar. Muitos são atraídos pelos comentários de celebridades das finanças, como Elon Musk, CEO da Tesla, e Jack Dorsey, CEO do Twitter. Outros simplesmente estão de olho nos retornos espetaculares dessa classe de ativos. E, finalmente, aqui no Brasil, temos aqueles que buscam proteção, seja cambial, seja contra a inflação.
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Mas do interesse inicial a primeira compra existe uma grande distância. O primeiro passo é entender como investir. Será que posso comprar bitcoins por meio do meu gerente de banco? Será que a minha corretora de ações oferece esses ativos digitais? A resposta para essas duas perguntas é a mesma: não. Não dá para comprar bitcoin com o gerente do banco, nem com a corretora de ações.
Para adquirir criptoativos é preciso abrir conta numa corretora especializada. São as corretoras de criptoativos – ou exchange. A escolha dessa corretora deve ser criteriosa e envolve muita pesquisa. Use tudo o que estiver ao seu alcance: Google, conversas com amigos e parentes, fóruns de investimento etc. Mas, sobretudo, fuja daquelas que prometem retorno alto e fácil. Ninguém tem bola de cristal para saber quanto um ativo digital se valorizará num determinado período de tempo. Fórmulas mágicas, robôs que operam sozinhos? Fique longe. Pense bem, se você tivesse uma máquina de fazer dinheiro, emprestaria para alguém?
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Com a conta aberta em uma corretora de criptoativos, o investidor já pode começar a montar a sua carteira. Assim como no mercado financeiro tradicional, a regra da diversificação também vale na nova economia, mas com ressalvas.
O mundo cripto conta com milhares de ativos, com diferentes características técnicas e financeiras. Contudo, o pioneiro Bitcoin ainda reina soberano, é o ativo mais consolidado desse mercado. Então, antes de pensar em diversificação, capriche na sua alocação nesse ativo. E se o Bitcoin é o líder, a segunda colocação fica com o Ethereum. A plataforma de contratos inteligentes se destaca bastante no universo cripto, e tem valor de mercado superior a US$ 400 bilhões. Portanto, acostume-se com os códigos dos ativos – BTC e ETH, respectivamente – que vão te acompanhar ao longo de sua jornada cripto.
Mas quanto comprar de cada um deles? Eu sugiro que a carteira do investidor iniciante tenha 75% de bitcoin e 25% de Ethereum. Agora, tem um outro passo importante a ser dado e que também pega carona nas finanças tradicionais. Quando comprar? Visto que os criptoativos são bastante voláteis, uma dica é comprá-los aos poucos, pois é impossível saber se estamos entrando na baixa ou na alta. Se você estiver pensando em começar com R$ 10 mil, por exemplo, faça quatro operações de R$ 2.500, uma a cada semana.
Agora, vêm duas lições bastante importantes para otimizar os retornos: pense que esse é um investimento de longo prazo. Nos últimos 12 meses, o bitcoin já dobrou de valor, enquanto que o Ethereum teve alta de quase 500%. Mas ao longo desse período, já fecharam em baixa em alguns meses. Para a maioria dos investidores, é impraticável tentar operar seguindo o sobe e desce das cotações. Ganhar dinheiro dessa forma é coisa para quem já tem alguns quilômetros rodados no mercado.
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A última lição é que se a bolsa fechar em baixa no pregão da sexta e você achar que algumas ações ficaram baratas, você terá que esperar a reabertura na segunda. No mundo dos criptoativos, a lógica é outra. Não existe fechar em alta ou baixa; ou mesmo abrir em alta ou em baixa. Esse mercado opera 24 horas por dia, sete dias por semana. A negociação acontece durante o cineminha de sábado, o almoço de domingo com a família, o MBA à noite ou a reunião de trabalho segunda-feira cedinho.
Ah, e se vale uma lição depois da última: comece. Um pouco de skin in the game é a melhor forma de você realmente começar a acompanhar esse mercado com atenção.
Agora sim, é só começar. Na hora e no dia que quiser.