Investir em ações, bitcoin e ativos de renda fixa exige muito mais do que apenas conhecimento. É preciso ter disciplina e estratégia e é isso que freia os impulsos da ganância para enriquecer rapidamente ou o desespero quando o caos no mundo se instala.
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Convidei Daniela Casabona, da Portofino Multifamily Office, que tem clientes com grandes fortunas, para nos contar quais são os 5 maiores erros que muitos investidores cometem e atrapalham na conquista do primeiro milhão.
Já cometi alguns deles. Quando começamos a investir, achamos que sabemos muito mais do que realmente sabemos. Só fui perceber isso em 2009, quando vi o Ibovespa cair por 6 anos consecutivos. Foi ali que entendi que nem sempre os preços dos ativos retomam aos patamares que estavam, como as ações da Petrobras que já valeram mais de R$ 50 e nunca mais voltaram aos preços que um dia estiveram.
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Quando o mercado está indo para cima, só tem gênio. Mas investidor de verdade é feito com mar revolto, assim como os marinheiros.
Veja abaixo os 5 maiores erros listados pela Daniela Casabona:
1- Falta de disciplina: Um dos erros mais graves do investidor é não realizar seu planejamento de maneira regrada e correta. Muitos não sabem nem quanto gastam e alguns nem quanto ganham, por incrível que pareça. Muitas vezes não sabem o que são custos fixos e como administrar esse percentual dentro do orçamento.
Essa organização é super importante para que o investidor possa fazer seus aportes com recorrência, mas poucos fazem e dos que começam fazendo, mais de 60% param pela famosa “falta de tempo”.
2- Buscar o investimento para ficar rico: Muitas pessoas buscam o grande investimento do momento, aquele que vai ficar acabar com todos os seus problemas e deixá-los milionários. A verdade é que esses são investimentos que raríssimas vezes existem e as histórias sempre são um amigo de um amigo meu ficou rico investindo no ativo x.
Isso faz com que o brasileiro tenha o maior índice de golpes financeiros e caia em pirâmides que pegam não só o pequeno investidor, mas também, famosos e ricos. Se olharmos os históricos de mercado, vamos ver que ele serve pra fazer seu dinheiro trabalhar por você e crescer ao longo de anos e não pra ser uma aposta.
A gente fica rico trabalhando e empreendendo. A carteira de investimento é para potencializar e não para transformar R$ 1 mil em R$ 1 milhão. Isso se chama aposta.
3- Falta de resiliência: É comum ver o investidor fazer barbaridades em momentos turbulentos, como liquidar seus investimentos, ou ficar trocando de ações como em um cassino. Investimento é longo prazo e longo prazo é minimamente um ciclo de mercado que dura pelo menos 5 anos. Sem isso, o investidor corre risco de estar sempre comprando na alta quando estão eufóricos e vendendo na baixa quando todos estão em pânico.
4- Escolhas erradas: Por falar em resiliência, vemos muitos investidores com carteiras mal formadas ou pouco diversificadas. Recentemente ouvimos muitas pessoas dizendo que a renda fixa estava morta. Porém, se você olha a rentabilidade nos últimos 10 anos, ela é maior que a rentabilidade da bolsa e que a própria inflação. Dessa forma, escolher seus ativos de maneira diversificada é importantíssimo para ter uma carteira saudável e diluir os riscos.
5- Achar que sabe tudo: Vejo muitos investidores com aversão a bons gestores de fundos, pois acreditam que se investirem sozinhos terão um desempenho melhor. Isso é pura vaidade. Vi muitos investidores com 10, 15 anos de experiência de mercado financeiro entrarem em desespero em 2020 quando o mundo parecia que ia acabar. Venderam grande parte das ações e 6 meses depois os preços tinham voltado. Aí já era tarde.
O mercado já mostrou historicamente que não há espaço para amadores. Ser investidor requer ajuda e sabedoria profissional. Por isso, é importante ter pessoas de confiança para te auxiliar nessa jornada de investimento e, principalmente, lembrar a todo momento que é realmente uma jornada e não uma mágica do dia para a noite.
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