Você já se perguntou por que os bancos como o Itaú (ITUB3 e ITUB4) não decolam desde o caos financeiro em 2020? Parte deste problema vem da reforma tributária que vem agitando o mercado financeiro, fazendo com que o setor e empresas enfrentem dificuldades neste momento de aprovação das mudanças.
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Isso pode ser notado quando olhamos para o open banking, sistema que permite que o usuário compartilhe seus dados com bancos e instituições, decidindo quais e quando podem ter acesso. Ou mesmo o incentivo que o Banco Central vem dando às startups para se lançarem ao mercado.
O maior exemplo disso vem do setor de varejo, que começou a criar suas próprias instituições financeiras filiadas aos grandes bancos, seja por meio de cartão próprio, ou mesmo com um cartão de crédito ligado à loja. Além de outras prateleiras que, tradicionalmente, fazem parte da variedade de serviços oferecidos.
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Essa “fintechzação” alimentou um mercado extremamente competitivo. Só esse fato em si, já responderia o motivo dos bancos tradicionais estarem patinando nos últimos anos até os dias atuais.
Bancos digitais são ameaças aos bancos tradicionais?
É importante lembrar que, os bancos com agências físicas têm se adaptado cada vez mais ao ambiente digital. A pandemia do novo coronavírus (covid-19) também acelerou o processo de transformação, que cedo ou tarde teria que ser feito.
Entretanto, eles chegam em um universo on-line que já possui grandes nomes, como o Banco Inter (BIDI4 e BIDI11) e o Modalmais (MODL11), que chegaram há pouco tempo e estão vindo com força total. Recentemente, o Nubank recebeu um grande investimento de Warren Buffett, um dos maiores investidores do mundo.
Outro ponto importante para ressaltar, é que a concorrência é boa para os bancos comerciais pelo simples fato de impor uma retirada da zona de conforto. Dessa forma, há estímulo para que os serviços sejam inovadores e acessíveis ao público.
Itaú (ITUB3 e ITUB4) e XP Investimento
O conselho administrativo da Itaúsa (ITSA4) já havia aprovado, no fim de maio deste ano, a assinatura dos principais termos a respeito da incorporação da XPart S.A pela XP Investimentos.
Em suma, uma vez efetuada, a junção fará com que os acionistas do Itaú Unibanco obtenham o direito de participar de parte dos negócios da XPart, na mesma proporção que eles tinham no banco.
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Em conversa com o sócio-analista da Eleven Financial, Raphael Figueiredo, ele afirmou acreditar que esse movimento está vindo para ficar, já que grandes bancos varejistas devem começar a fazer operações eminentes, como vimos recentemente com JP Morgan e C6 Bank, o Credit Suisse e Modalmais. Agora vemos o caso entre Itaú e a XP Investimentos. Portanto, esse movimento só tende a continuar ao longo do processo de transformação.
Comprar ou vender ações da Itaúsa (ITSA4)?
As ações da Itaúsa (ITSA4) se mantêm como um bom negócio. Esta visão se confirma Figueiredo, da Eleven Financial, que recomenda a compra por estimar um upside em até 34%.
No entanto, vale ressaltar que esse tipo de investimento se dá em um ciclo longo. Quando falamos do setor bancário, investimentos de curto prazo são incertos, fazendo com que as ações sofram com o mercado agitado.
A reforma tributária, que pretende extinguir uma das formas de remuneração aos acionistas, os juros sobre capital próprio, é um dos fatores que contribuem para agitar as ações, por exemplo.
Assista ao vídeo exclusivo sobre Itaúsa (ITSA4) com Raphael Figueredo:
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