- Situação de instabilidade da Americanas pode fazer com que clientes mudem para outras plataformas de e-commerce
- Magalu, Via e Mercado Livre tendem a se beneficiar com isso e conquistar novos usuários
- Na avaliação do Citi, Magalu pode ter um aumento de 18% no seu volume de vendas, enquanto VIA conseguiria mais 15% e Mercado Livre 11%
O caso do rombo contábil de mais de R$ 40 bilhões da Americanas (AMER3) impacta todo o mercado financeiro. Grandes bancos credores têm risco real de tomarem um calote e investidores passaram a desconfiar dos relatórios das grandes empresas de auditoria.
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Muitos se perguntam se a Americanas corre o risco de quebrar caso não consiga realizar a recuperação judicial. A resposta é: sim. O risco existe e é muito real, apesar de existir um case semelhante no mercado que é a empresa de telefonia Oi, que viu suas ações subirem mais de 100% nas últimas semanas, mas isso é outra história.
O que o investidor não está enxergando é como isso está afetando as outras varejistas. O fato é que até quem não acompanha o mercado financeiro está por dentro do que está acontecendo. E automaticamente isso acaba por refletir nas vendas da Americanas.
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Ninguém quer ser cliente de uma empresa que está com problemas sérios e corre um risco real de quebrar. Se isso ocorrer, os produtos comprados podem não ser entregues. Consequentemente as compras desses consumidores iriam para algum outro e-commerce e neste caso, Magalu, Via e Mercado Livre seriam os beneficiados.
É a história de que, enquanto alguns choram outros vendem lenços. Na avaliação do Citi, por exemplo, o Magalu (MGLU3) pode ter um aumento de 18% no seu volume de vendas, enquanto Via (VIIA3) conseguiria mais 15% e Mercado Livre 11%. Isso vale como um alerta para o investidor.
Enquanto muitos correram para comprar ações das Americanas após a queda vertiginosa, sem saber exatamente o tamanho do problema e o real risco, outros investiram em empresas mais sólidas que por tabela poderiam se beneficiar do caos. É neste momento que observamos a diferença entre o investidor experiente e o eufórico ganancioso.
Em todo investimento existe uma relação de risco versus retorno. Será que vale a pena investir em uma empresa da qual não se sabe exatamente o que aconteceu na sua contabilidade, mas que possui um rombo de mais de R$ 40 bilhões, em um setor como o varejo?
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